Disputas político-partidárias terminam por encobrir, de forma recorrente, o que interessa ao cidadão exigir do seu representante. A campanha eleitoral na Capital foi antecipada praticamente um ano. É do jogo democrático que a oposição exerça o seu papel de oposição afinal, é razoável supor que tenha um projeto diferente da situação para a cidade caso contrário não projetaria adversidades ou não estaria do outro lado. O dualismo situação/oposição não é só defensável, mas necessário. Assim como a dubiedade lhe é prejudicial.

Os pretensos candidatos ao cargo ocupado por Cínthia Ribeiro ainda não calibraram seus discursos.Muitos sequer o demonstraram. São os mais pragmáticos e de maior poderio ofensivo ao projeto político de reeleição da prefeita porque não expõem ( e não se expõem) com tanta antecedência por cálculo eleitoral. Já estão pontuados na cidade ao contrário dos que estão  colocando o rosto para fora cuja exposição a eles pode ser mais producente que o ônus do desgaste dela proveniente.

Não é tarefa fácil ocupar-se, nas atuais circunstâncias, de críticas pontuais e eleitorais à prefeita. Do ponto de vista administrativo e fiscal, Cínthia Ribeiro melhorou a prefeitura e,.políticamente, tem ocupado espaços no consciente popular com a agenda intensa de obras e eventos. Vem daí o efeito iô-iô-iô, dos vereadores que ora a enfrentam e noutras sentam-se à sua mesa. E Cínthia tem apenas um ano no cargo.

O relatório do primeiro quadrimestre de 2019 não deixa margem de dúvidas. A prefeitura diminuiu em um ano os gastos com salários. E aumentou a receita corrente líquida. Ou seja: elevou sua liquidez e, por conseguinte, a capacidade de pagamento que falta ao governo estadual, com disponibilidade de caixa.

Se no 1º QD de 2018 (quando assumiu o cargo como titular) a prefeitura de Palmas consumia 49,13% de suas receitas com salários de servidores (o limite máximo é de 54% para prefeituras), fechou o 1º QD de 2019 gastando apenas 48,2%. Um corte de cerca de 2%,  índice menor que a inflação do período de 4,94%. Ou seja: teria, na verdade, reduzido a despesa em quase 7%. (6,94%), a inflação (que é repassada aos salários) mais os 2%.

Já a receita corrente líquida apresentou um crescimento positivo de cerca de 9% em um ano. Também acima da inflação. Passou de R$ 961 milhões (1ºQD/2018) para os atuais R$ 1,046 bilhões (1ºQD/2018).

E uma diferença que termina por zerar os efeitos da elevação da dívida pública (7,5%) que passou de R$ 146 milhões (abril do ano passado) para os atuais R$ 157 milhões sem que a prefeitura tomasse novos empréstimos.

Apenas contabilizando precatórios (posteriores a 5 de maio de 2000)  no  valor de R$ 29,7 milhões no 1º QD 2019 quando, no primeiro quadrimestre de 2018 (ainda sob Carlos Amastha), a prefeitura só havia contabilizado no balanço R$ 1,1 milhão de precatórios vencidos.

De outro modo: os adversários de Cínhia Ribeiro neste setor aí, pelos números publicados, não tem,racionalmente, muito a que opor-se à prefeita.

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Ponto Cartesiano

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