Anunciados os prefeitos eleitos, os derrotados se ocupam em buscar explicações para o insucesso das urnas. Ainda que se tente reinventar campanhas e estratégias, os equívocos são, não raro, os mesmos.

Em Palmas, os adversários de Cínthia Ribeiro se ocuparam em buscar passar uma borracha nas obras da prefeita como se elas desaparecessem do campo de visão do eleitor por suas vontades. Eram onze contra uma.

Não tinham uma pauta definida diferente daquela que Cínthia não só propunha, mas já executava. E aí, malograda a estratégia, descabaram para a má-fé pública descarada com pesquisas encomendadas.

Já em Porto Nacional, Joaquim Maia e Otoniel Andrade não conseguiram demonstrar à população como é que Ronivon Maciel (que disputou a eleição com bens penhorados por não pagamento de dívidas contraídas de R$ 1 milhão) não terá na administração pública o mesmo desempenho que tem na de seus negócios particulares. 

Pior: até a campanha eleitoral exercia o cargo de vice-prefeito da administração que combateu para eleger-se. Ou seja: fizeram o eleitor cair na conversa mole de que as penhoras seriam particulares. E não públicas!!!!! E que ele não seria co-responsável da administração que ajudou a eleger como vice e que na campanha dissecou. 

Enquanto isto, Otoniel padecia da falta de recursos e do excesso de divisão e de vaidades no grupo familiar. E Maia se engarranchava na dubiedade do vice que, por algum motivo, não desnudou.

Em Gurupi, o prefeito Laurez Moreira, ainda que tivesse melhor avaliação que Mauro Carlesse, foi derrotado pela candidata do governador. Enfrentou sozinho a máquina do governo, mas teve sua parcela: é acusado de não conversar com lideranças e vereadores e perdeu a conexão com a população por desprezar a comunicação, como ficou nítido na campanha. Preferiu uma campanha tradicional em época de redes sociais. Para um candidato estreante, um erro fatal. As pessoas  não ligaram o candidato à obra.

Melhor fez Ronaldo Dimas (também melhor avaliado que o Governador) em Araguaína. Aproximou-se no Palácio na pré-campanha e conseguiu, voluntariamente ou não, o distanciamento do governo das eleições na cidade conseguindo derrotar, talvez justamente por isto, o candidato do MDB, cuja vitória, a priori, não interessaria ao Palácio Araguaia. Dimas, diferente de Laurez, é mais afeito a entendimentos com parlamentares e lideranças.

De tudo isto se tem: o eleitor é a autoridade. Errando ou não, é a ele que cabe a escolha. Se escolher errado, pode corrigir daqui a quatro anos. Melhor fariam os derrotados aceitarem, respeitando a autoridade do voto popular. E bola pra frente.

 

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Ponto Cartesiano

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