Operação sigilosa da Polícia Federal, deflagrada há dois dias em Palmas, Belém (PA) e Porto Alegre (RS) promete aumentar as dores de cabeça dos administradores do Previpalmas e da prefeitura da Capital.

Conforme apurou este blog nesta tarde, há a possibilidade, inclusive, de ser pedida prisão de alguns envolvidos (pelo menos dez pessoas) nas operações que resultaram nas aplicações de R$ 50 milhões no fundo Cais Mauá. O blog teve acesso a  trechos de um depoimento prestado na terça-feira, 16, na sede da Superintendência da Polícia Federal em Belém (PA).

Trechos de depoimento de quatro páginas prestado à Polícia Federal na última terça,16, em Belém (PA) a que este blog teve acesso, apontam para o pagamento de propinas de R$ 7,5 milhões (15%) pela Icla Trust (ex-Porcão) para a implementação das aplicações.

O depoimento de um dos líderes do negócio que teria levado um cano aponta que as propinas eram pagas de "inúmeras formas". Mas que no caso do Previpalmas teria sido feita em espécie na sede da Icla Trust, na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro.

O declarante confirma no seu depoimento que fazia captações para a NSG (Porcão depois Icla) e recebia comissão. Mais: que o Cais Mauá (controlado por estes fundos) - e onde o Previpalmas aplicou R$ 50 milhões fora das normas - foi feito para não existir.

A Operação da PF alcançou o Previpalmas/Cais Mauá devido a investigação da operação do NSG/Igeprev que transformou o Igeprev de credor de R$ 330 milhões no Porcão a sócio do empreendimento que faliu. As aplicações no Previpalmas teriam sido realizadas para pagar a fatura pendente do Porcão com o operador. Feita a operação, não teriam pago de novo o operador que decidiu entregar as regras.

Por enquanto são apenas depoimentos de uma investigação. Os envolvidos deverão ter oportunidade de prestar esclarecimentos. Mas a forma de aplicação dos R$ 50 milhões do Previpalmas por intermédio dos mesmos operadores que já provocaram um prejuízo de mais de R$ 300 milhões ao Igeprev (com a possibilidade chegar a R$ 1,2 bilhão de cano) indicam um modus operandi nada usual. E, certamente, fora das regras e da legislação passível de levar à cadeia os envolvidos após decisão judicial. Nada que este blog não venha demonstrando, em primeira mão, desde a aplicação do Previpalmas.

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