Atinge o coração do governo essa operação da Policia Civil dessa segunda para prisão do ex-juiz João Olintho, um dos sócios, como revelou em primeira mão este blog, da empresa Sanantonio Construtora e Incorporadora, contratada sem licitação em agosto último para limpeza hospitalar.

Ainda que a prisão fosse, certo modo, exagerada (no governo Marcelo Miranda casos tais eram recorrentes e a Justiça não decretou prisão de ninguém por isto) – e o advogado e ex-juiz tem endereço certo na cidade. E não se tem conhecimento de que tenha sido intimado para dar explicações antes da prisão.

A medida, entretanto, cai dentro do Palácio Araguaia e da Assembléia Legislativa. A contratação foi feita pelo secretário de Saúde, Renato Jaime, indicação da presidente Luana Ribeiro. E João Olintho é nada menos que pai do líder do governo no Legislativo, deputado Olintho Neto, um dos parlamentares mais próximos do Governador.

O Palácio sempre poderá dizer que a Polícia Civil estaria sob seu comando e que a ação fosse uma decisão do governo. Mas parece que não é bem assim. A PC e a Justiça estariam cumprindo suas funções de Estado.

O contrato com o governo foi de R$ 553 mil mensais (dois lotes). Isto depois do governo ter cancelado um pregão com preços maiores e contratado a Sanantonio Construtora e Incorporadora por um preço superior e sem licitação.

Mas a empresa deixou naquele galpão aquela montanha de quase 200 toneladas de lixo hospitalar. Sem fiscalização de quem a contratou.

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