O deputado Antônio Andrade tenta sensibilizar o governo federal a devolver à população de Porto Nacional o aeroporto que tinha até a criação do Estado.Esteve na quarta com o Ministro de Portos e Aeroportos fazendo gestões sobre o assunto.
A questão é relevante, tanto do ponto de vista econômico como histórico. Com efeito, Siqueira Campos, não só conseguiu transferir a homologação para Palmas como também o próprio nome do aeródromo: Lysias Rodrigues.
Lysias, como a história registra, construiu o aeroporto de Porto Nacional na década de 40. Hospedava-se ali no convento das freira dominicanas. Lysias é considerado o pai da integração da aviação brasileira.
Daí o nome de Lysias no aeroporto portuense (cinco décadas antes da criação do Estado e de Palmas) fundamental na integração da Amazônia, com bases militares da FAB e do Exército.
A pista de 1.700 m (asfaltada/asfalto usinado mesmo antes da criação do Estado) recebia três vôos diários da FAB, Varig e Vasp (E depois vôos da BR, TAM, Gol e Passaredo), hoje foi deixada obsoleta pela geo-política da criação do Estado. Tudo transferido para a Capital, uma pista de 2.500m.
O deputado Antonio Andrade (cujo pai, Antônio Poincaré de Andrade,foi prefeito da cidade) busca resgatar a importância, não só do aeroporto, mas da cidade, sua logística e história. Porto é hoje a terceira maior economia do Estado (pelo PIB).
Só perde para Palmas e Araguaína. Esta tem seu aeroporto (muito mais novo e pista de 1.800 m, só 100m a mais do que a de Porto) operando normalmente com grandes companhias.
Comparando com Porto, é notório que algo se perdeu, apesar da representatividade política do município, hoje com cinco deputados estaduais, três federais e uma senadora que iniciou suas atividades no Estado na cidade. E que quedaram-se inerte à apropriação.
Além da expropriação da história, uma perda de ativos para o próprio Estado. Não é desconhecido que a Capital necessita urgentemente de um terminal de cargas.
Ter um aeroporto a 60km e dele não fazer uso é perda de ativos. No que empurra a inércia para o campo político que mais prejudicou do que ajudou Porto Nacional com a criação do Tocantins.