A tentativa de Carlos Amastha de fazer ligação do caso dos R$ 500 mil de Araguaína ontem com a campanha de Mauro Carlesse terminou colocando a própria campanha do ex-prefeito na defensiva num momento vital do processo eleitoral.

Ao lembrar Amastha que Olintho Neto (irmão do advogado flagrado com R$ 500 mil e depois liberado) era de partido da sua própria coligação (PSDB) e não do grupo palaciano, a campanha de Carlesse trouxe de volta questionamentos que incomodariam a candidatura do PSB: Previpalmas, Operação Nosostros e Jogo Limpo.

Ainda que Olintho integre a base governista, o confronto pode não favorecer o jogo, oferecendo mais riscos que ganhos, obrigando a coligação de Amastha a dar explicações indesejáveis e inoportunas à esta altura pela própria deficiência da base argumentativa da suposta acusação sugerida.

No momento em que a volatilidade de parte do eleitoral poderia favorecer-lhe a adesão de mais eleitores e empurrá-lo ao segundo turno, o ex-prefeito se dispôs a abrir uma janela para que se escancare justamente o contrário: dúvidas nos ainda indecisos ou naqueles que enxergassem-no sem problemas judiciais, como de fato ainda está, dado que não condenado. Em alguns, sequer denunciado.

Mas politicamente, regra geral, não é assim que o eleitor observa a cena em campanhas eleitorais. Como Amastha não é idiota e tem bons marqueteiros a orientá-lo, tal movimentação a menos de seis dias do encontro com as urnas pode impor o raciocínio de que poder-se-ia estar-se observando um tudo ou nada.

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Ponto Cartesiano

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