Pesquisas retratam apenas intenções. Mas tudo indica que Mauro Carlesse ganhará as eleições ainda neste domingo. Os 57% dos votos válidos encontrados pelo Ibope contra os 34% atribuídos a Carlos Amastha é uma margem considerável para enquadrar, com sobra, erro e de confiança estatísticos. E que pode aumentar com o voto útil: daqueles que não quereriam perder o seu voto, como é um raciocínio comum não só no Estado.
Pesquisas de intenção de votos, regra geral, podem até apresentar-se divergentes mas dentro de limites estatísticos razoáveis. Muitas nos últimos dias fugiram desse padrão. Evidentemente que há institutos e responsáveis técnicos (uma obrigatoriedade nas pesquisas) venais que pouco se importam com ética profissional, ainda que sujeitos a interpelações corporativas e judiciais.
Tomando-se como referencial o Ibope (da pesquisa divulgada na noite de ontem), o Instituto marcou um dia antes das eleições de 5 de outubro de 2014, um índice de 51% dos votos contra 32% do seu adversário, o então governador Sandoval Cardoso. Marcelo venceu com 51,3% contra 44% de Sandoval.
Voltando mais: o Ibope fez boca de urna (3 de outubro de 2010) e registrou 52% para Siqueira Campos e 48% para o então governador Carlos Gaguim. Siqueira, abertas as urnas, saiu vencedor com 50,51% e Gaguim foi derrotado com 49,48% dos votos. Tudo dentro da margem de erro calculada.
A diferença de intenção de votos entre Carlesse e Amastha retrataria, é possível deduzir, a aprovação crescente da população à sua administração. E, como apontava este blog lá em abril/maio, uma consequência, também, da eleição suplementar, dando razão à tese de que aquele que vencesse aquele pleito, teria vantagem nas eleições gerais dois meses depois.
Ou seja: a população teria o bom senso de não mudar um governador, dois meses depois, sem dar-lhe oportunidade de viabilizar o que prometera. Some-se a isto, a estratégia de campanha de Mauro Carlesse que conseguiu convencer o eleitor de que o governador preocupava-se mais em mostrar suas propostas que direcionar seus discursos a adversários políticos.
