A decisão do governador Mauro Carlesse de liberar a ponte de Porto Nacional num prazo de 30 dias provocou dois sentimentos conflitantes na cidade. A população recebeu a liberação com um alívio dado as dificuldades da interdição e uso da balsa.

Mas com preocupação: da mesma forma que interditou a ponte, sem apresentar um laudo técnico, o governo decidiu liberá-la sem também demonstrar um laudo com as condições técnicas da estrutura da ponte.

A posição foi colocada a este blog ontem (data que o governo anunciou iniciaria a reforma) pelo prefeito Joaquim Maia. Ele próprio, um engenheiro civil (graduado pela UnB) e que durante anos atuou na Secretaria Estadual de Infraestrutura, responsável pela ponte.

"A expectativa de liberação de carro pequeno ela vem ao encontro de um anseio de todos nós que queremos essa melhor condição". Maia disse-se, entretanto, surpreso (como a população) da maneira como está se dando. "Sem que se apresente a realidade em que a ponte se encontra, coloca-se a abertura, a determinação, a abertura da ponte com data marcada para acontecer".

E fica a pergunta, indaga Maia: "precisávamos ter passado por isto tudo? Por todo esse sofrimento, a população de Porto Nacional prejudicada, desgaste social, desgaste econômico, o anúncio feito pelo governo do Estado de reformas paliativas e superficiais e sem solução para aquilo que foi justificativa para o fechamento" diz o prefeito, salientando que a conclusão lógica é que a interdição da ponte foi um fechamento total sem necessidade.

Não se pode, evidentemente, negar-lhe razão.

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