Algo não cheira bem nesta questão da BRK. Vereadores de diversos municípios reuniram-se na sexta na Capital para discutir os serviços da concessionária. São 47 cidades que dependem da BRK. Os parlamentares de Palmas encabeçam o movimento que trata os empresários como oportunistas.

Ainda que se possa avaliar como positiva a bandeira de menores tarifas, é uma contradição e um paradoxo, a um só tempo, o movimento. Especialmente em Palmas.

Como anularam por decreto legislativo o contrato de concessão assinado ilegalmente por Carlos Amastha (sem a anuência da Câmara), a lógica indicaria que os vereadores de Palmas e a Prefeitura estivessem a tratar do novo contrato com a concessionária que permanece, agora mais que nunca, trabalhando de forma ilegal na cidade.

Os vereadores que hoje levantam a bandeira contra a concessão, são os mesmos que se calaram quando Amastha assinou o termo aditivo sem consultá-los. A lei também é a mesma. Os vereadores mudaram de posição, é normal, melhor do que permanecer no erro. Mas estão devendo ao distinto público os motivos da mudança. Nem que fosse um "desculpe, erramos, vamos consertar". Nada.

Enquanto isso, a BRK segue faceira faturando R$ 172 milhões ao ano (2017) só na Capital. Um lucro líquido de R$ 93 milhões anuais. Um lucro líquido de 52% ao ano!!!! Me diga aí que empresa tem um lucro desse numa economia de inflação 4% e taxa Selic de 6,5% ao ano!!!!!

E repartindo parte do bolo com os fiscalizadores, como previsto no contrato a título de compensação. Não se sabe, compensação de quê já que seria paga por serviços prestados. Se é preciso compensar, algo não vai bem pois necessitaria da compensação pública.

Já vai para 20 dias que a BRK opera sem concessão na Capital. E não se tem conhecimento de discussão pública sobre o novo contrato. E cobrando 80% do valor do consumo de água como taxa de esgoto, jogando os dejetos no lago.

Não raro sem qualquer tratamento como explode de forma recorrente nas praias do reservatório da UHE.

Algo continua fedendo nesta questão da BRK, vereadores e prefeitura de Palmas. Os moradores já o sentem.

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