Setores do governo se mobilizam para pagar a data-base dos servidores públicos. Não vai ser fácil. Primeiro, tem a lei que cortou progressões, promoções e até o pagamento de data-base. A MP 02 foi aprovada no dia 28 de março.

E em segundo, é a questão financeira. Se a inflação de maio/2018 a abril/2019 fechar em 5%, como tudo indica (sem abril estava próximo de 4,67%/INPC ate marco), significa uma correção na folha de salários do governo da ordem de R$ 156 milhões/ano, considerando uma folha mensal de R$ 261 milhões dos efetivos. Ou seja: R$ 13 milhões a mais por mês.

É um valor menor que os R$ 17,6 milhões/mês da correção da data-base de 2017 e maior que os cerca de R$ 4 milhões/mês da data-base de 2018.

Não é pouco para um governo que iniciou o ano informando a disposição em cortar R$ 457 milhões de despesas com pessoal no exercício. Ainda que o orçamento faça previsão de aumento dos gastos no setor de R$ 300 milhões em relação a 2018.

A situação, no entanto, é pior ainda: o governo deve a bagatela de R$ 655,3 milhões de retroativos da data-base não pagos. São R$ 51,5 milhões (2015), R$ 427 milhões (2016/acrescidas de ações do Fisco/Polícia), R$ 154,9 milhões (2017) e R$ 27,9 milhões (2018).

"É uma situação difícil que temos que encontrar uma solução, uma alternativa", disse a este blog o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro.

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