As pessoas se perguntam: por que tanto interesse do governo e prefeituras na BRK Ambiental. Na verdade, a indagação leva a conclusão e, consequentemente, à demonstração de que o consumidor (não sem o aval do poder público) tem sido esfolado com as tarifas.
Vamos à grana: só em Palmas a empresa teve um lucro líquido (dados públicos) de R$ 93,9 milhões em 2017. Faturou R$ 172,3 milhões e registrou despesas de R$ 78,3 milhões. Um portento: 45% de lucro no ano. Limpinhos.
Neste mesmo ano de 2017, a Energisa Tocantins (nos 139 municípios) registrou uma receita líquida de R$ 77 milhões. Ou seja, a BKR, atendendo 20% da população (Palmas), lucrou 20% a mais que o rendimento líquido da Energisa atendendo 100% dos moradores do Estado.
E isto, deduzindo-se os altos custos de distribuição de energia e o valor de compra do produto em leilões (o Estado compra toda energia que consome, em 2017 foram 2,5 gigaWatts).
Ainda que produza energia em três hidrelétricas que detonaram o rio Tocantins: Peixe/Angical, Luis Eduardo e Estreito). Na BRK, água é de graça. O custo é apenas o tratamento já que a distribuição é financiada pelo poder público.
Tem-se pistas para a diferença: além da elevada tarifa de água (e que agora se sabe resultava de acertos contratuais sugestivos de que fossem espúrios), o achaque de se cobrar, compulsoriamente, como taxa de esgoto, 80% sobre o valor do consumo de água.
Daí, prefeitura, BRK e governo quedarem-se em obsequioso silencio sobre a BRK nestes dias!!!