Pesquisas são sempre pesquisas. E cada um instituto estabelece suas regras.

Registra no Tribunal Regional Eleitoral e pronto. Se segue os normativos legais, está valendo. E divulga se assim for sua vontade.

Neste período, a cada dia surge uma nova pesquisa e um novo instituto. E muitos, que ficam paralisados a cada dois anos, retornam com seus números.

O desvio está é no entendimento dos marqueteiros e da militância sobre os números. E a sua utilização. Muitos por exemplo colocam na pesquisa estimulada nomes que não aparecem nas espontâneas e por aí vão.

A Pesquisa Ipex divulgada ontem na TV Norte SBT Tocantins (e que comentei no programa Bastidores da Política do SBT ontem) registra, na estimulada, 36% para Janad, 18% para Eduardo Siqueira, Amastha (16,5%) e Junior Geo (7%), Luana Ribeiro (1,5%), Ataídes Oliveira (1,0%), Charleide Matos (0,75%) e Roberta Tum (0,25%).

Janad manteria os 36% da última estimulada do Ipex e Amastha caído dos 19% para os 16,5% e Eduardo estacionado nos 18%. Geo teria caído de 8% para 7%.

Significa que Janad teria estacionado nos 36% e que a entrada de novos pré-candidatos teria atraído votos de Eduardo e Amastha. Ou seja, Janad já teria, até aqui, pelo Ipex, vaga garantida  no segundo turno das eleições na Capital.

Não discuto números de pesquisas e nem institutos. Tenho minha opinião sobre métodos e estatística.

Evidentemente que os números beneficiam os candidatos que ganharam a frente e mobiliza a militância. E não se tem por que questioná-los ou à sua divulgação. É pré-campanha e estatísticas eleitorais tem período demarcado.

Para miltância, marqueteiros e candidatos, entretanto, é um otimismo temerário. Primeiro por causa do tempo que falta para as eleições. E ainda estamos em pré-campanha.

E em segundo, deveria preocupar institutos e candidatos a metodologia das pesquisas. Praticamente todas que são  contratadas e divulgadas neste período de esquenta. Destinam-se, por certo, a inflar gás na militância e nos trânsfugas.

Por exemplo: a Pesquisa Ipex (de ontem), na sua estratificação, teria feito 800 entrevistas. Destas 20 entrevistas no Aureny 3 e 26 entrevistas no Taquaruçu.

Como é sabido, o Aureny 3 teria mais 30 mil moradores (estima-se em até 50 mil pessoas) e Taquaruçu apenas 5,6 mil. Ou seja, o número de entrevistados estaria invertido, com peso maior em menor colégio eleitoral.

O mesmo se dá nas entrevistas de Buritirana e Aureny 4. No primeiro, 14 entrevistas e 13 no segundo. O Aureny tem mais de 12 mil eleitores e Buritirana 2,5 mil moradores.

A situação se repete nas 800 amostras pela cidade. Como pesquisar 35 pessoas em Taquaralto e o mesmo número em Taquari (35) e apenas 15 no Santa Barbara.

A  justificativa, deduz-se, estaria na distirbuição percentual por regiões e que, na prática, comprovaria, na verdade, o problema dos fatores da equação. Dado que determinado bairro de uma região, pelo  número de moradores, por óbvio, deveria ter, também, maior número de pesquisados na proporção existente.

São distorções que podem modificar a realidade estatística. E que apontadas agora poderiam mudar, também, os métodos dos pesquisadores.

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