O procurador geral de Justiça, José Omar de Almeida, tomou uma decisão difícil mas correta: recomendou a anulação do concurso da Polícia Militar.
Como é notório, um concurso onde a polícia descobriu que gabaritos de provas foram transmitidos para 35 celulares foi efetivamente fraudado, prejudicando 70 mil pessoas que fizeram-nas de boa fé.
Um celular que fosse, um gabarito, já seria suficiente para comprovar a quebra do sigilo das provas.
Mesma iniciativa que não teve o Ministério Público há cerca de cinco anos, naquele concurso da Polícia Civil.
Naquela oportunidade, foram denunciados durante a realização das provas na Universidade Católica, o uso de celular, existência de questões previamente marcadas, apostilas escondidas no interior de banheiros e a falta de 100 cadernos de provas para os candidatos que estavam naquela Universidade Católica.
Imagina, faltar 100 cadernos de provas. E ninguém informou onde foram parar estas provas. Evidente que nos concursos, o número de cadernos de provas é igual ao de candidatos. Naquele dia, a organização teve que tirar cópias xerox para os candidatos!!!
Uma fraude explícita, uma violação inconteste do sigilo das provas.
Pior que no concurso da PM. E tudo ficou como dantes, como se nada tivesse acontecido.