Os vereadores adiaram oitivas da Comissão Parlamentar do Previpalmas. Há aplicações de R$ 50 milhões contrárias ao que determina as normativas do Banco Central. Ou seja: ilegais. Falta a responsabilização. Já há prejuízos.

Não haveria maiores dificuldades para comprovar as irregularidades. Bastaria os vereadores (tem competência para tal) solicitar ao Previpalmas os relatórios. E acessar a Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central. Nada mais.

O resto era apenas registrar defesas e versões dos envolvidos, confrontá-las para saber se haveria um comando único ou se eram individuais e ocasionais que, entretanto, não diminuiria as responsabilidades.

Mas eles ficam por aí e não duvidem se fundamentarem seus interrogatórios em matérias da imprensa. O mais curto caminho para diluir o impacto das aplicações mal sucedidas e da impunidade e responsabilização dos supostos autores.

Enquanto os vereadores ficam nesse vai-não-vem, as aplicações do Previpalmas, em pleno período eleitoral, mudaram de administrador. Agora responde pelas aplicações o Lad Capital Gestora de Recursos como é fato a anuência, em agosto (16 de agosto), do Previpalmas tanto à Lad (para administrar o Cais Mauá no lugar da Reag) quanto ao Positiva CCTVM como custodiante dos R$ 50 milhões das aplicações questionadas.

E o que tem isso a ver: primeiro que a Lad Capital pertence a Alexandre Fogliano que junto com Zeca Oliveira, eram donos da Bridge Gestora de Recursos. Essa Bridge foi vendida para  UM  Investimentos (que continua com endereço eletrônico da Bridge).

Esse Zeca de Oliveira foi investigado pela Polícia Federal por suspeita de fraude em aplicações de fundos municipais de previdência como o Previpalmas. Assunto de repercussão nacional que os vereadores da Capital poderiam ter acesso com um simples clic no google.  A Lad Capital informa no seu site que tem apenas seis funcionários colaboradores e administra apenas um fundo: justamente o Fundo de Investimentos e Participações Cais Mauá.

E o que dizer da nova custodiante (que cuida de guardar a grana): a Positiva é de Luiz Eduardo Franco de Abreu e Júlia Vassalo Maia da Costa. São os diretores responsáveis. E o que vem a ser os dois? Ora, Julia Vassalo era presidente da Icla/Porcão. O mesmo Porcão que deu aquele "tomê" de R$ 330 milhões no Igeprev. Ou seja, o Previpalmas poderia ter optado por mudar tudo isso com a renúncia (no dia 5 de maio de 2018) da Reag à administração das aplicações. Mas preferiu mudar para continuar no mesmo lugar.

E os vereadores dando milho aos pombos.

Deixe seu comentário:

Ponto Cartesiano

A pregoeira da Superintendência de Compras e Licitação da Secretaria da Fazenda publicou ontem a empresa ganhadora da Ata de Registros de Preços 083...

O Legislativo com um problema de orçamento e financeiro. Publicou no Diário da Assembléia ontem o resultado de licitação de agên...

A intenção do governo é boa: publicou (novamente com correções) ontem a Medida Provisória 09, de 17 de abril de 2024. Pela l&o...