A movimentação dos parlamentares eleitos é intensa. Antes mesmo de ser diplomado, Marcelo Miranda já contabiliza  15 deputados em sua base na nova Assembléia Legislativa. Contrariando a projeção dos siqueiristas liderados pelo deputado eleito Eduardo Siqueira, que tinham como certa uma maioria. Apenas nove parlamentares se dispõem, agora, a seguir o canto da oposição: Amélio Cayres, Vilmar do Detran, Luana Ribeiro, Osires Damaso, Eduardo do Dertins, Olintho Neto, Walderez Castelo Branco e Ricardo Ayres. E Eduardo Siqueira, lógico.

Praticamente acertados com Marcelo já estariam Toinho Andrade, Jorge Frederico, Bonifácio Gomes, Paulo Mourão, Amália Santana, Valdemar Junior, Wanderlei Barbosa, Eli Borges, Zé Roberto, Nlton Franco, Mauro Carlesse, Elenil da Penha, Rocha Miranda, Cleiton Cardoso e Junior Evangelista.

A situação da administração estadual exigirá duras medidas do Executivo a partir de janeiro próximo. Decisões impopulares até, que necessitam, pela legalidade, do aval do Legislativo. Uma maioria oposicionista poderia, certamente, travar as tentativas de Marcelo Miranda de sanear as contas públicas.

Dai a importância de uma maioria legislativa nas atuais circunstâncias que poderia ser inviabilizada, mantido o  espectro saído das urnas, que projetava uma oposição em maioria, sob o comando de Eduardo Siqueira, que até mesmo já se dava como presidente do Legislativo – controlando o outro poder necessário nos regimes democráticos como uma armada oposicionista - afirmada na própria publicidade dada à sua negada pretensão ao cargo.


Ainda que publicamente neguem, por óbvio, não é de todo errado pensar que os siqueiristas trabalhem para Marcelo Miranda dar errado. Acabaram de sair derrotados das urnas, naufragados por um processo em que jogaram todas as suas fichas. Dentre elas, duas renúncias insuperáveis de governador e vice. E maior: uma renúncia ao próprio projeto-mater do siqueirismo de eleger o herdeiro de Siqueira Campos,  Eduardo Siqueira, para sucedê-lo no Palácio Araguaia, grau máximo do filhotismo que as circunstâncias terminaram por inviabilizar e as urnas consagraram.

Que se frise: maiorias legislativas não podem ser tomadas como uma tática, dentro de uma estratégia de manter um projeto hegemônico de poder, como o fez o atual governo com desfaçatez . E esse comando parte, certamente, do núcleo do Executivo, dado que o Legislativo, como se nota, apresenta-se, em qualquer contexto, disposto a, digamos, flexibilizar suas competências e obrigações constitucionais. Deixando de lado, não raro,  a direção determinada pela escolha popular dos seus eleitores.    

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