Foi sancionada na segunda-feira a Lei que cria a Universidade Federal do Norte. Um projeto que vem da ex-presidente Dilma Roussef que autorizou, de uma só vez, em 2016, processo para quatro novas universidades federais no país. Dentre elas, a UFN.

Os políticos do Estado da base de Jair Bolsonaro trataram-na, esta semana, como uma iniciativa do atual governo. Ainda que tivesse passado pelo Congresso só este ano, com efeito, o processo tramitava no Ministério da Educação (e no Congresso) há três.

A UFN é o retrato do pensamento da sociedade política não só do Estado, mas do país. No Tocantins, o índice de analfabetismo (sem os analfabetos funcionais) bate os 11% da população (algo próximo de 170 mil pessoas que não sabem ler nem escrever) e já tem duas universidades públicas espalhadas em diversos campi pelo Estado.

Ademais, o desempenho dos alunos das onze instituições de ensino superior em atividade/autorizadas no Tocantins nos exames do MEC (algumas dentre as piores avaliações do país) seria indício, a priori, de que o problema da educação não estaria resumido ao número de universidades. E sim à qualidade do ensino ministrado desde os anos iniciais

Os parlamentares e governo que hoje celebram nas redes sociais a criação da UFN, entretanto, são os mesmos que, paradoxalmente, endossaram o fechamento de duas dezenas de escolas públicas pelo Tocantins no início de 2019. Cinco mil alunos de ensino básico e médio tiveram que se virar. Ou deixaram os bancos das salas de aula. Ou seja: fecha-se escolas de 1º e 2º graus e cria-se novas universidades. Um portento.

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Ponto Cartesiano

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