A prefeita Cíntia Ribeiro deve assinar na segunda-feira contrato com a Caixa e o Ministério das Cidades para a construção de mais 500 unidades habitacionais na Capital. Recursos, informa-se, de R$ 40 milhões. O blog apurou ontem que está confirmada a presença do ministro das Cidades, Alexandre Baldy.

Numa cidade em que cerca de 15 mil famílias (déficit habitacional estimado) buscam moradia (60 mil pessoas sem teto próprio), seria motivo para dar ao fato a relevância correspondente ao seu significado. Nas redes sociais, entretanto, a correia de transmissão propaga não a importância do contrato, mas que os recursos teriam sido viabilizados pelo ex-prefeito Carlos Amastha. Ou seja: tem-se aí as letras da correspondência, endereço de remetente e destinatário.

A prefeita Cíntia Ribeiro (eleita vice junto com Amastha) administra a cidade desde abril e um financiamento destes, evidentemente, demanda prazos tanto quanto gestões políticas para ser contratado. E há oito meses, Amastha não tem representação política nenhuma.Pelo contrário, amarga, fora do cargo, o resultado de suas diatribes contra os políticos quando nele instalado. Não raro, os responsáveis pelas contratações e liberações.

Cintia tem demonstrado, com efeito, na administração pública, maior maturidade política que Carlos Amastha. É razoável supor que o faça por força da convivência com o ex-senador João Ribeiro e seja portadora de experiências e visão política estratégicas que as circunstâncias tem imposto a Carlos Amastha conhecer e compreender à fórceps.

Ambos ainda aliados, seria producente à rede de transmissão amasthiana (ainda que talvez sem o seu conhecimento) não prefigurasse, com tanta antecedência, um racha não existente e que aparentemente com tais movimentos provocam sua óbvia prematura deflagração, mesmo que se suponha o dualismo criador e criatura não fosse dos dois criação.

Até porque Cíntia Ribeiro pode filiar-se, partidariamente, a uma legenda da base governista. Especula-se que estaria com um pé no PP, do ministro que assina contrato na segunda. O PP é hoje da base de Jair Bolsonaro, ao contrário do PSB de Amastha e do PSDB, partido que lhe deu legenda como vice na chapa de Amastha. Ou seja: Cíntia pode, muito bem, mudar de avião ou seguir vôo solo. Tem tudo para isso: o trabalho que desenvolve na Capital e na forma como o desempenha, já dá razoável sustentação a projetos maiores.

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Ponto Cartesiano

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