O governo lança nesta segunda a 19ª Agrotins. É a maior feira agrotecnológica da região Norte e uma das mais relevantes do país. A feira deve ser aberta (7 de maio) pela ministra Tereza Cristina, da Agricultura. Mesmo dia em que o governador Mauro Carlesse e a Ministra dão como lançada a campanha de vacinação contra a aftosa no Estado.

Do ponto de vista político, pode o evento – já incluso na agenda política nacional - resgatar entusiasmo nas classes produtoras e na indústria de máquinas, veículos e de transformação, com desdobramentos na movimentação econômica, concedendo fôlego ao governo, que tem sido travado por equívocos administrativos carentes de correção.

A feira é um gás na economia regional. A relação custo/benefício superávitária do governo (do Estado e região) com a sua realização é inegável. Nos últimos anos os quatro Estados do Norte apresentaram o maior crescimento do PIB dentre as cinco regiões do país.

É 5,4% do PIB nacional ainda que numa área que representa 45% do território brasileiro. Uma fortuna de R$ 320,7 bilhões (IBGE/2015) e que somada aos PIBs dos demais Estados do Matopiba, na área de influência da feira, um PIB de R$ 377 bilhões em unidades federativas. O Tocantins é o segundo maior PIB (R$ 31 bilhões) da região Norte, atrás apenas de Rondônia (R$ 39 bilhões). Do PIB do Estado, 14% vem da agropecuária (IBGE).

A responsabilidade do secretário da Agricultura, ex-deputado federal César Hallun, assim, não é pequena. O Secretário disse ontem ao blog estar otimista, apesar as dificuldades por que passa a economia não só local, mas do país. Aposta, entretanto, em resultados positivos, não só no balanço de comércio, mas em incremento de produção e melhora de produtividade.

Hallun falou ao blog ter o governo uma expectativa de comercialização de algo em torno R$ 1 bilhão, 150 mil visitantes e 600 expositores. Um pouco mais, um pouco menos, é metade da contabilidade eleitoral do governo na Agrotins 2018 quando amplificou propostas como negócios realizados de R$ 2 bilhões. Uma soma surreal que, por certo, não acrescentou à seriedade e importância da mostra. Os números mais plausíveis e palatáveis deste ano demonstram que o governo quer corrigir o engodo promovido no ano passado no que deve-se reconhecer-lhe o mérito.

O setor agropecuário necessita, com efeito, de impulsos governamentais no Estado. No ano passado (estimativa Conab/Ministério da Agricultura) a renda da agropecuária tocantinense situava-se na faixa de R$ 3,9 bilhões. Praticamente o mesmo valor de dez anos atrás (2009). Apesar do avanço das commodities. O maior crescimento de renda na agropecuária veio da soja (24%). Enquanto a renda das lavouras passava no período de R$ 2,09 bilhões, a pecuária caía de R$ 1,83 bilhões para algo próximo de R$ 200 milhões. Ou seja: setor desequilibrado necessitando de políticas que impulsionem ajustes nos resultados dos dois setores.

Deixe seu comentário:

Ponto Cartesiano

A pregoeira da Superintendência de Compras e Licitação da Secretaria da Fazenda publicou ontem a empresa ganhadora da Ata de Registros de Preços 083...

O Legislativo com um problema de orçamento e financeiro. Publicou no Diário da Assembléia ontem o resultado de licitação de agên...

A intenção do governo é boa: publicou (novamente com correções) ontem a Medida Provisória 09, de 17 de abril de 2024. Pela l&o...