A deputada Luana Ribeiro certamente não foi alertada por sua assessoria que tipo de discurso uma deputada-presidente do Legislativo deveria fazer na sessão solene de posse de um chefe de outro poder, o Executivo. O pronunciamento que fez na posse do governador Mauro Carlesse, foi fincado mais no palanque eleitoral que nas atribuições do cargo que ocupa. Tanto na discricionariedade partidária como na liturgia do cargo.
Luana fez um discurso complemente desgarrado das circunstâncias. Como presidente do Legislativo, tratou-o como "meu governador", quando estaria ali representando o outro lado: o poder fiscalizador. Talvez pensando mais na sucessão da mesa diretora onde o apoio do"chefe" ´pode ser fundamental tanto para sua reeleição como sua derrota.
Disse que o momento era de arregaçar as mangas e que agora haverá mudanças com mais empregos e melhoria nos serviços públicos. Deixando de lado que assume, daqui a pouco, o seu quarto mandato de deputada estadual(vai para 16 anos na Assembléia). Em todos, aliada dos governos que fizeram o que ela, hoje, diz ser o pior daquilo que Carlesse fará o melhor.
Fez loas para Siqueira Campos e aos senadores eleitos Eduardo Gomes e Irajá Abreu. Até mesmo a César Hallun, que não foi eleito senador. Enalteceu o próprio pai, ex-senador João Ribeiro, quando estava ali a presidente de um poder dando posse, como prevê a Constituição, a um governador de Estado.
Pior: deixando de lado que Mauro Carlesse já é governador há nove meses, disse que não se pode pensar em desejar coisa diferente fazendo do mesmo jeito. Completando que estava se iniciando um novo capítulo, sugerindo que com a eleição de Carlesse, a população teria mandado um recado aos outros concorrentes, especialmente, os que não eram do Estado. Como também não o são o paranaense Mauro Carlesse e a própria Luana que é goianiense.
Um discurso que diminuiu mais ainda o parlamento do Estado.
