Se fossem observados apenas os resultados das urnas deste ano, a população de Gurupi estaria defendendo o voto distrital que o Congresso empurra com a barriga há anos, a pretexto de discussão de uma reforma política.

O terceiro maior colégio eleitoral (e terceira maior população do Estado) não terá nos próximos quatro anos qualquer representante no Legislativo estadual nem federal. Não elegeu deputado federal nem estadual.

Efeito cuja causa é o prostíbulo do voto de legenda e o canibalismo inescrupuloso que fazem da escolha popular objeto de escambo para a abertura de um fundo de comércio. Não raro, familiar.

O sistema conduz a distorções como a de um deputado que tem domicílio eleitoral na região do Bico do Papagaio vá garimpar, na forma que lhe é peculiar, o voto do eleitor do Sul do Estado, a cerca de mil km de distancia.

Enquanto Gurupi, sem representação, não consegue viabilizar o anel viário, Porto Nacional, de menor população e número de eleitores, manteve sua representação com pelo menos seis deputados estaduais e um federal ligados à cidade.

Mas não consegue viabilizar recursos para a ponte interditada e, agora, se vê com a interdição da centenária Catedral Nossa Senhora das Mercês, com teto ameaçado de também desabar por falta de manutenção. E olha que a cidade já teve, por força política, dois superintendentes do Iphan.

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