A TV Anhanguera/Globo realiza amanhã o seu tradicional debate com os candidatos. Mauro Carlesse, tudo indica, não irá. Ainda mais depois do que teria acontecido no debate da TV Record/Jovem Palmas na semana passada.
Debates no rádio e tv, com raras exceções, tem se demonstrado de forma ultrapassada. Os candidatos, não raro, dele fazem uso apenas para combater o adversário em detrimento da apresentação de propostas.
E como não são os jornalistas das emissoras que fazem as perguntas e sim os próprios candidatos uns aos outros, a consequência lógica é usarem o espaço para explorarem fragilidades dos adversários.
E aí deixa de ser um debate para se transformar num embate, favorecendo aquele melhor de oratória, retórica e manejos de voz e imagem que, em absoluto, poderia ser determinante no seu desempenho no cargo público que disputa.
Do ponto de vista meramente pragmático, Carlesse não é obrigado a participar do debate que beneficiaria, não há dúvidas, seu principal adversário, Carlos Amastha, como viés de alta nas pesquisas e a cinco dias das eleições. Não haveria melhor escada que o governador nas atuais circunstâncias.
Uma decisão que, intuo, poderia tomar o próprio Amastha em situação contrária por mero uso da razão. E isto não seria um desrespeito com o eleitor ou com a emissora. Os candidatos, como o governador e o próprio Carlos Amastha, já passaram por praticamente todos os municípios levando sua mensagem de forma direta ao eleitor.
Não seria um debate/embate que iria substituir uma suposta deficiência de demonstração de seus projetos à população.