O uso de combustível adulterado pode causar sérios danos nos veículos, prejuízo no bolso do consumidor e aos cofres públicos. Por isso, a recomendação dos Sindicatos dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto-TO) é que os motoristas procurem apenas os postos de sua confiança.
De acordo com o mecânico Erivan de Sousa Nogueira, profissional que atua há quase 40 anos na área, se a gasolina foi adulterada com a adição de mais etanol, além dos 27% determinados pelo governo, no caso de carros modelo flex, dificilmente o problema será técnico, porque esse motor queima gasolina e etanol em qualquer proporção.
Segundo o profissional, o problema do consumidor será financeiro já que, de acordo com ele, o consumo de combustível vai aumentar. Em casos onde a adição de etanol é maior do que o permitido, veículos movidos apenas à gasolina, terão baixa performance, ou seja, falha mecânica e também aumento no consumo.
Já nos carros a diesel, Erivan menciona que o primeiro sintoma é a famosa falha no motor. "O carro vai soltar umas fumaças brancas e consequentemente tem que desmontar a bomba e bicos injetores. Na maioria das vezes, é preciso realizar a substituição", informa. Segundo ele, dependendo do carro, o cliente terá que desembolsar até R$ 20 mil. No caso de carros populares, o prejuízo pode chegar a R$1000.
Quando o produto utilizado é de má qualidade, logo nos primeiros quilômetros é possível perceber o veículo falhando. "Nesse momento o primeiro passo é encostar perto de uma oficina e fazer o diagnóstico".
Sindiposto
O presidente do Sindiposto-TO, Wilber Silvano, observa que a alteração do combustível é uma prática que causa prejuízos tanto para o cidadão, como para o Estado. Segundo ele, a primeira prática irregular é quanto ao volume abastecido no veículo, ou seja, quando o cliente paga um valor e recebe outro.
"Outra prática fraudulenta é a adição de produtos não permissíveis no combustível, como solventes. Uma terceira irregularidade é em relação às cargas roubadas. Essas ações causam prejuízos aos consumidores e cofres públicos", pontua.
O presidente ainda ressalta que o Sindicato repudia qualquer forma de fraude e ele ainda alerta que nem sempre o produto mais barato, significa que seja o melhor. "Isso tem que ser analisado com muito critério, não existe mágica no mercado. O preço do combustível é determinado pela cotação do dólar e do preço barril no mercado internacional. Por isso, se o combustível estiver muito abaixo do mercado, é um sinal para o cliente desconfiar".
O Sindicato ainda destaca que se, por ventura, o cliente se sentir lesado, que retorne ao posto de combustível e peça para fazer a análise do produto. De acordo com Wilber, nenhum estabelecimento pode ser negar a fazer isso. "O cliente tem este direito e o teste pode ser feito no local que ele adquiriu o combustível", finaliza.

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