No Jornal do Tocantins deste domingo se lê que o governo só deverá iniciar a reforma administrativa no início do próximo ano. Mas que auxiliares da Administração teriam confidenciado no anonimato que o mesmo governo já teria iniciado corte de gastos com a racionalização de combustível e recolhimento de carros oficiais.

Só aí a fonte, não querendo informar os cortes (uma demonstração de altruísmo do governo que não queria gabar-se do que já faria) mas já informando, teria avaliado uma redução de despesas entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões. Uma margem de erro, como se nota, de insignificantes R$ 10 milhões!!! Para mais.

Ora, pela lógica formal, não há reforma coisíssima nenhuma. A partir de janeiro, ter-se-á, na verdade, um novo governo de uma nova eleição. Assim como no Legislativo, tomará posse em fevereiro uma nova legislatura.

O governo, assim, pode montar o secretariado (como sempre pode) que quiser. Ontem, por exemplo, em conversa com este blog, um presidente de órgão nomeado por Carlesse dizia que pediu para sair porque estaria tendo prejuízo ao deixar de lado suas atividades profissionais. E ao invés de fazer uso da máquina, preferia deixar o cargo a abandonar a ética e moral. Ou seja, enquanto há aqueles que veem no cargo público oportunidade de negócios, outros ali estariam por ideologia. Jogo jogado.

De forma que não há a continuidade de um governo e sim um novo governo, da mesma forma que a partir de janeiro os contratos por tempo determinado/comissionados (onde se localiza o maior problema fiscal com a LRF) terão prazo de validade vencido.  Mauro Carlesse, portanto, a esta altura joga parado.

Seria interessante – para demonstrar que quer mesmo cortar despesas – o governo refutar as novas despesas de pessoal criadas pelos deputados na LDO (novos ressarcimentos/indenizações, previsão de reajuste de salários ou os cortes na saúde). Ou cortar as diárias de servidores (R$ 16 milhões em dez meses) e os R$ 48 milhões de passagens/locomoção.

Ou menos extinguir (não renovar) contratos de locação de veículos ou mesmo refluir da intenção (já manifestada a delegados) de não só renovar, mas expandir, aquela indenização por exercício de funções em comarcas fora de sua jurisdição. Ou seja, expandir os atuais R$ 4,8 milhões/ano de indenizações gastos com delegados.

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