O portal de notícias da Globo/TV Anhanguera/ G1 Tocantins publicou ontem nota da prefeitura de Dianópolis sobre flagrante na manhã segunda-feira de caminhão descartando lixo hospitalar junto com lixo orgânico no lixão da cidade.

Informa a prefeitura que o lixo hospitalar encontrado no caminhão acondicionado em sacos pretos era do Hospital Regional de Dianópolis e cujo recolhimento é de responsabilidade do governo do Estado/Secretaria de Saúde.

O lixo teria sido armazenado nos sacos plásticos sem identificação e colocados nas lixeiras comuns. De outro modo: o recolhedor do lixo contratado pelo governo estaria fazendo uma malandragem, usando o serviço de coleta de lixo da prefeitura. Isto aí, ontem!!! Não é de um mês atrás!!!Não é mais Sancil!!!

Caramba!!!!! A Secretaria de Saúde contratou há cerca de 20 dias uma empresa para fazer essa coleta de lixo no Sudeste do Estado. Não sem declarações do secretário de Saúde, Renato Jaime, de que o governo estaria solucionando o problema que ele próprio já havia elaborado na contratação da Sancil de propriedade do pai do líder do governo na Assembléia.

Só falta a Secretaria de Saúde, agora, emitir nota que, mesmo passados quase trinta dias da contratação,ainda não seria da contratada a responsabilidade por tal recolhimento. Ou que estariam dando um tempo para o empresário se instalar, criar seu depósito e que tais, como o secretário Renato Jaime parece entender já que entre a fé pública e a boa fé dos empresários, tem escolhido a segunda. Ou, no limite, que o governo ainda não teria pago nada!!! Uma disfunção recorrente.

No dia  20 de novembro de 2018 (como você vê aí em cima)Renato Jaime adjudicou os contratos com a Quebec. Aquela empresa que apontei teria dificuldades operacionais para recolher e dar destinação ao lixo hospitalar porque tem sede em Senador Canedo (na região da Grande Goiânia) e não tem local para incineração no Estado. Ou seja: teria que deslocar o lixo por 900 km. O governo deve ter achado que isto pouco importa.

Ainda assim o governo a contratou por R$ 334,8 mil por mês para atender os hospitais regionais de Arraias e Dianópolis. No contrato adjudicado, seriam 133.056 kg ao preço de R$ 4,1700 quilo. A mesma empresa também ganhou o contrato para recolher o lixo hospitalar dos hospitais regionais de Araguaçu, Alvorada e Gurupi. Vai receber por estes contratos aí R$ 1 milhão e 660 mil por mês (388.776 kg/ R$ 4,2700 por quilo).

A Quebec tinha perdido a licitação no pregão 235 (que o governo cancelou em março) com um preço de R$ 3,17 o quilo. E em novembro, no governo de Mauro Carlesse e Renato Jaiime abiscoitou o lote por estes R$ 4,2700 o quilo. No mesmo ano com inflação de menos de 4%, um reajuste na proposta de 37%!!! Tem-se aí a régua do previsível desvio.

Diante de um quadro desses e supondo como sugerem os números a possibilidade de ser mais um duto de desvio de recursos públicos, os agentes estão sendo incompetentes até para instrumentalizar, com alguma verossimilhança ou aparência de legalidade, suas intenções. Haveria certamente na praça empresas e gestores mais competentes para ações do gênero.

Isto porque, além do superfaturamento, as empresas que o governo tem contratado não entregam o que combinaram pelo pagamento da administração pública. Desvirtuando até o linguajar popular de que haveria uma ética própria a orientar desvios de conduta/avaliação tais. Ali, se cumpriria o que se promete.

 

 

 

 

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