O ex-governador Marcelo Miranda, se enfrenta processos na Justiça Federal por ações que teriam sido praticadas em seus governos, recebeu esta semana um refrigério no seu inferno político: de 2014 a 2017 (período em que esteve no Palácio Araguaia), o Tocantins foi a unidade federativa que registrou maior diminuição de pessoas na extrema pobreza.

Os dados são da Tendência Consultoria (publicados pelo G1 na quarta) e que, por aqui, pouco se deu valor em função do rescaldo eleitoral o que, certo modo, dá dimensão às prioridades e à preocupação dos setores governamentais e sociedade política, em larga medida, distorcidas da realidade e do que mais importa à população.

Se poder-se-ia arguir que a queda da pobreza não fosse resultado direto apenas da ação governamental no período levantado, não o seria, em tal proporção, certamente, não fosse propiciado ambiente favorável a que prosperasse a atividade econômica capaz de diminuir o número de pessoas com renda familiar per capita até R$ 85 mensais no Estado numa das maiores crises econômicas por que já passou o país.

Mede-se a relevância da mudança social também pelo número de unidades federativas que, ao contrário, registraram no mesmo período aumento da extrema pobreza. De 27 Estados, 25 apresentaram crescimento da extrema pobreza no período em que o Tocantins teria um crescimento negativo de 1,1%. Ou seja, eliminou 1,1% da extrema pobreza, o melhor desempenho entre os 27 Estados.

Na média geral (conforme o Estudo da Tendência) a miséria subiu para 4,8% da população do país em 2017, contra 3,2% de 2014. Dos 27 Estados, apenas Tocantins e a Paraíba conseguiram driblar o dualismo recessão econômica X extrema pobreza. O Acre, na mesma região Norte, viu sua extrema pobreza aumentar 5,6% e o Maranhão, 12%. Rondônia 0,8%, Amapá (3,1%), Amazonas (2,9%), Roraima (3,2%) e Pará (1,3%).

Mas tem um porém: o resultado é, entretanto, à primeira vista, contrário à lógica, avaliação, por seu turno, desmistificada pela razão numérica: o desemprego aumentou no período, o PIB caiu e a atividade econômica mais relevante está no serviço público, responsável por 32% de todas as riquezas do Estado.

 

 

Leia Mais: http://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/opiniao/tend%C3%AAncias-ideias-1.456289/refrig%C3%A9rio-mas-nem-tanto-1.1638235

Deixe seu comentário:

Ponto Cartesiano

Lembram-se daquele projeto de Zero Papel descrito aqui no blog há duas semanas como meta do governo com a utilização, pela Secretaria da Fazenda, do sistema Sf...

Os números são impressionantes. O contrato 040 (2024) – assinado em 25 de março e já empenhado – da Prefeitura de Peixe se compromissando a...

O Ministério Público fez publicar no seu Diário Eletrônico de ontem a Portaria de Instauração – Procedimento Preparatório 144...