As receitas correntes do governo estadual registraram um crescimento de 33,8% nos últimos seis meses. A inflação no período (já descontada a inflação negativa de 0,21% de dezembro) alcançou o índice de 1,62% (IBGE). Um crescimento real de 32,1%.

Em setembro de 2018, o balanço do governo publicado demonstrava receitas correntes mensais de R$ 676 milhões. O governo fechou o mês de fevereiro de 2019 com receitas correntes mensais de R$ 905 milhões.

Foram R$ 676 milhões (setembro/2018), R$ 993 milhões (outubro/2018), R$ 858 milhões (novembro/2018), R$ 947 milhões (dezembro/2018), R$ 818 milhões (janeiro/2019) e R$ 905 milhões (fevereiro/2019). Março só será publicado no encerramento do segundo quadrimestre.

O problema é que, se as receitas avançam de forma aritmética, as despesas crescem de modo geométrico. A procrastinação da aprovação da Lei Orçamentária é só parte de uma estratégia que  tenta fraudar essa aceleração de gastos. No balanço do primeiro bimestre/2019, registra-se restos a pagar do governo (todos os poderes) de meio bilhão de reais.

Mas vejam só: o governo publicou o balanço do I bimestre já considerando os valores da LOA aprovada e não publicada (R$ 10,2 bilhões). No balanço publicado ele informa que gastou em janeiro e fevereiro (liquidou e empenhou) R$ 1,1 bilhão quando pela LOA teria que liquidar e pagar, proporcionalmente (dois meses) no período, o volume de  R$ 1,7 bilhão.

Isto aí ele amplifica como economia. Mas não é. É como se o cidadão deixasse de comprar comida e remédios para juntar dinheiro e aplicar o capital. Se na iniciativa privada a pessoa pode fazer o que der na telha com seu capital ou renda, até se matar para deixar dinheiro para outro, no poder público, não!!! O lucro da administração pública é o bem estar das pessoas que a financiam: o contribuinte e a população de modo geral.

No caso do governo é pior um pouco: ele falseou a realidade fiscal da administração para sair do SPC do governo federal e endividar-se mais ainda, recursos que, em larga escala, serão aplicados em asfalto de quinta categoria nas rodovias e municípios que terão que ser recapeados na próxima temporada de chuva e quando o governo terá que fazer a mesma mágica para conseguir novo empréstimo.

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Ponto Cartesiano

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