No ranking de eficiência criado pelo jornal Folha de São Paulo o governo do Tocantins é tido como pouco eficiente. Ainda assim é o que ocupa melhor posição dentre os Estados da região Norte do país. A mesma FSP que projetou na última segunda-feira, dia 5 de novembro, que os governadores ao tomarem posse em janeiro de 2019 estarão retrocedendo quatro anos.
A Folha não citou o Tocantins mas poderia tê-lo feito. É o que, reeleito, espera por Mauro Carlesse. Não à toa, o orçamento do governo do Tocantins de 2019 tem uma previsão (na LDO) de receitas de R$ 10,2 bilhões. Ou uma redução de 4,6% em relação aos R$ 10,7 bilhões da previsão de 2018.
A questão é, entretanto, mais profunda. Considerando as receitas totais do governo do Estado de janeiro a outubro de 2018 (R$ 6,4 bilhões/http://www.transparencia.to.gov.br de ontem) é possível calcular (média mensal de receitas de R$ 640 milhões nos dez meses) que pode fechar o ano com R$ 7,6 bilhões de receitas para uma previsão orçamentária de R$ 10,7 bilhões. Ou: terá realizado apenas 71% do que projetou entrar nos cofres.
O valor é praticamente igual aos R$ 7,6 bilhões realizados em 2015, quando o governo conseguiu realizar apenas 86% das receitas previstas. E um pouco maior que os R$ 7,4 bilhões executados em 2014 (84,95% do orçamento previsto). De outro modo: regredimos a 2015.
Dê-se um desconto: suponhamos que o governo consiga executar em 2018 os mesmos 82,7% da previsão que conseguiu realizar em 2017 (R$ 9,1 bilhões para um orçamento de R$ 11 bilhões), os cofres do tesouro estadual, ainda assim, teriam confirmados em dezembro de 2018 apenas R$ 8,8 bilhões, contra um orçamento de R$ 10,7 bilhões.
Esses R$ 8,8 bilhões de 2018 (numa perspectiva mais otimista) se encontrariam no mesmo patamar dos R$ 8,5 bilhões (89,84% do orçamento previsto) conseguidos pelo governo em 2016. Dois anos atrás, portanto.
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