O governo conseguiu acesso a R$ 32 milhões da Operação Ápia para as obras do HGP. A decisão sinaliza pelo menos três pontos:1) o Palácio também tem ações acertadas e não estaria paralisado; 2) a Justiça Federal não é contra o governo (como muitos pernósticos argumentam em sua defesa) e 3) a política pode ser feita de forma civilizada em favor da população já que as gestões no BB (complementando a ação técnica da procuradoria do Estado) neste setor foram feitas pela senadora Kátia Abreu que disputou o governo contra Mauro Carlesse. E que o governo na sua divulgação reconhece com propriedade. Um posicionamento honesto.

O setor de saúde pública está um caos. E não é só por falta de dinheiro. Há falta de gestão e equívocos. Muitos deles sugestivos de desvios de recursos públicos. Evidente, como sempre aponto, não é uma construção de Mauro Carlesse. A decisão da Justiça Federal é um inequívoco exemplo disso.

A Operação Ápia se deu justamente pelo desvio de verbas destinadas à saúde aplicadas em lama asfáltica. Um desvio tão escandaloso quanto público. Talvez este blog tenha sido responsável, lá no governo Sandoval Cardoso, pelo impulso da massa crítica à roubalheira de verbas da saúde que foram desviadas para lama asfáltica, quando ir contra determinadas ações do siqueirismo era como enfrentar uma religião.

Recursos de empréstimos do BNDES repassados pelo BB. Apontava o desvio de finalidade citando as leis que não o permitiam. Os deputados inertes. Quanto mais se beneficiavam, mandavam, por lógica pura, mais gente a óbito nos hospitais. E os siqueiristas entravam aqui no blog me esculhambando. Aliás, o siqueirismo conseguiu uma proeza: incutir em grande parcela população que só os outros políticos roubam. A Justiça Federal e o Ministério Público Federal mostraram outra realidade.

O governo agora tem que se preocupar em como irá aplicar estes R$ 32 milhões. Se já era um dinheiro carimbado para a Saúde, agora é também carimbado pela Justiça Federal e Ministério Público Federal. Se fazer a coisa certa, pode aliviar e muito os problemas de atendimento no Hospital Geral de Palmas que, como maior do Estado, pode ressoar na qualidade/quantidade da saúde pública no Estado.

Isto tudo sem o governo precisar fazer novo empréstimo ou aumentar a dívida pública.

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