Os dirigentes partidários do PT  e do PP tentam, legitimamente, assumir o protagonismo do momento político. Há um vácuo do outro lado, porque os governistas se ocupam de ações controversas, de obstáculos de difícil contorno:  governar e fazer política partidária. Afinal, não deve ser algo fácil administrar os gargalos da administração, não apresentar resultados satisfatórios  e sair por aí a fazer novas promessas, admitindo-se uma ressignificação de relação entre governantes e governados, quando a confiança de representados nos representantes demonstra estar abalada.

Entretanto, o protagonismo dos partidos de Lula e Maluf se dá um pouco manco de princípio. Os dois pré-candidatos ao governo, assim tratados pelos dirigentes dos dois partidos, não foram consultados sobre sua pré-disposição em disputar o cargo.

Daí que PT e PP podem ter criado um fato político sem algo que lhes dê fundamento.  Na linguagem habitual, chutaram para imprensa, na constatação de que seria amplificada para as bases, e depois combinar com os candidatos que informaram possuir. Um método heterodoxo, por sinal, mas bastante utilizado.

No fundo, PT e PP tentam emplacar por aqui a mesma fórmula nacional. Os petistas disseminam nomes de grandes e ricos empresários como Nicolau Esteves e Roberto Pires para a disputa. Seria o capital sendo usado pelo proletariado, como querem que se entenda, ainda que a aliança, na prática, pudesse demonstrar justamente o contrário.

Na verdade, é aquela surrada explicação de um passo atrás para dar-se dois à frente,  acompanhando a filosofia marxista para quem o capitalismo era fundamental para implantar-se o socialismo. Tese, aliás, desconstruída por Lenin e mais tarde ignorada por Stalin que não queriam saber desse negócio de aliança daqueles que só tem o seu sal com os burgueses, os donos do sal.

Resumindo: o presidente do PT, Donizete Nogueira e Lázaro Botelho, do PP, ao anunciar uma aliança no final de semana, informaram seus pré-candidatos: Nicolau Esteves e Roberto Pires. Dois empresários de sucesso. Três dias depois, Esteves diz hoje ao Jornal do Tocantins, que nunca lhe passou pela cabeça ser candidato a governador. Mais: que mesmo que lhe tivessem oferecido o cargo, teria que pensar muito antes de tomar uma decisão. Já Roberto Pires está em Cingapura e sabendo da conversa disparou telefonemas negando qualquer interesse em disputar cargos em 2014.

Os dirigentes, mesmo assim, acreditam estar fortalecendo o partido para as eleições do próximo ano. É. Pode ser.

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