Daqui a seis meses (2 de outubro) começam a contar os prazos eleitorais para as eleições de 2 de outubro de 2020 para renovação dos mandatos dos atuais prefeitos municipais. Os partidos tem até lá (outubro) para organizarem-se e os interessados em candidaturas para filiar-se a partidos políticos ou mudar de legenda, seguindo o princípio da anualidade da Justiça Eleitoral.
Observando este mapa, há partidos como o PSDB (ainda envolvido em disputas internas) que chama a atenção tanto da classe política quanto do eleitorado. Além da prefeita da Capital, Cínthia Ribeiro, a legenda tem ainda o prefeito do terceiro maior colégio eleitoral do Estado: Laurez Moreira, em Gurupi.
Somados os demais 25 prefeitos tucanos (e os 25 mil filiados/o quarto maior partido do Estado em filiações), a legenda tem munição suficiente para apresentar-se com um projeto político de poder. Não só em 2020, mas para daqui a quatro anos, diante da possibilidade concreta do governador paulista, João Dória, disputar a presidência da República.
Com a derrocada do PT, MDB, PSB e PR no Estado, somada à apatia do Legislativo e demais partidos (cooptados pelo nanico PHS de Mauro Carlesse), o PSDB pode aproveitar-se deste caldo. Daí aprofundarem-se as conversações internas com a preocupação de não afrontar suscetibilidades. "Queremos unir e não dividir mais", pontou a este blog um dirigente do PSDB regional. Como apurou este blog, é uma estratégia que começou a ser colocada em prática antes mesmo das eleições do ano passado.
Não estaria descartada, por exemplo, a possibilidade de os tucanos elegerem um Tertius, arbitrando a disputa entre Cínthia Ribeiro e o ex-senador Ataídes de Oliveira, atual presidente da legenda. Como apurou este blog ontem, pensa-se, inclusive, na cooptação de uma liderança de outro partido que filiaria-se ao PSDB com a missão de pacificá-lo. "Dentro de 30 dias o partido pode decidir sobre esta questão", confirmou a este blog na noite ontem uma liderança tucana.
