A população de Porto Nacional inicia mobilização. Primeiro, moradores e agora os comerciantes da cidade. O sentimento no município se expande. O governo não indicou até agora o que irá fazer.

Como já apontei aqui, aposta na situação de emergência (que já dura oito anos, um dos quais sob o governador interventor) para contratar sem licitação e sensibilizar governo federal a liberar aquele empréstimo de R$ 739 milhões com o BB e a Caixa sem enquadramento na LRF e na Secretaria do Tesouro Nacional.

O município de Porto Nacional deposita nos cofres do tesourou o equivalente a R$ 150 milhões anuais. Deste montante, o governo só devolveu à prefeitura da cidade no ano passado a importância de R$ 25 milhões. Não há obra do governo na cidade, hospitais públicos estaduais em petição de miséria, violência recrudesce junto com o tráfico de drogas e escolas foram fechadas ali na semana passada.

"O prejuízo ao município é brutal e o desemprego vai aumentar", disse no final de semana este blog o ex-deputado estadual Paulo Mourão. A mobilização pode estender-se aos demais municípios prejudicados com a medida sem planejamento. Estão encurralando, certo modo, os cinco deputados da cidade que guardam até aqui obsequioso silêncio que favorece o governo.

Do empréstimo com a Caixa (R$ 453 milhões) cada prefeitura terá R$ 1 milhão. Destes R$ 453 milhões, R$ 416 milhões são para asfaltamento pelo governo e prefeituras. Lama asfáltica. É o que está no documento que acompanha a lei autorizativa (Lei 3266/2016 aprovada pelos deputados em 2017 com as modificações introduzidas por Mauro Carlesse já mirando o Palácio Araguaia). Estamos, agora, a onze meses de outro ano eleitoral: as eleições municipais, prévias das eleições estaduais.

Outra lei, aprovada pelos deputados no mesmo pacote, é 3265/2017, que autoriza o empréstimo, também com a Caixa, para a ponte de Porto. A lei autoriza R$ 130 milhões para a ponte desde 10 de outubro de 2017. Estamos em 2019. A ponte também já tinha outro empréstimo aprovado de 36 milhões de euros no governo Siqueira Campos. Perdeu o dinheiro e teve que mudar de banco.

E Mauro Carlesse iniciou seu novo mandato este ano pleiteando no Ministério a construção da rodovia Transbananal e interditando a ponte sobre o rio Tocantins em Porto Nacional. Deve ser a escala de prioridades do Palácio Araguaia.

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