O governo mudou ontem o comando da Secretaria de Comunicação. Mas não mudou a comunicação. A troca burocrática de João Neto por Vieira de Melo não muda em nada o eixo político da comunicação governamental.

Aponta, isto sim, que o Palácio vai entrar com força inaudita na campanha municipal. Até porque o objeto fosse as políticas públicas, haveria, no próprio governo, políticos e técnicos mais condizentes e apropriados, do ponto de vista administrativo, com a essência da função do que um marqueteiro, sem juízo apressado de valor de suas competências. Apenas desdobramento lógico.

Ambos, Vieira e João Neto, já tem histórico maior como publicitários do que de jornalistas ou RPs o que induz o raciocínio de que, para o governo, comunicação seria de forma preponderante administração de marketing político.

João Neto vai para assessoria de políticas de governo descentralizadas. Da Secretaria Executiva da Governadoria. Esse guarda-chuva da governadoria (várias secretarias agrupadas) tem no orçamento deste ano recursos de R$ 731 milhões, dos quais R$ 654 milhões para salários. Não é indício mas evidência pública.

João Neto, como é sabido é pro-ativo, tem personalidade mais agressiva (do ponto de vista do marketing político) que Vieira de Melo, mais reativo.  As campanhas (e cargos) que ocuparam ou fizeram são demonstração inequívoca das diferenças.

Poucos, certamente, pegariam um candidato ao governo com zero referencial (Carlesse) - como o fez João Neto - e construiriam a personalidade pública que hoje o governador personifica. E que se note: Vieira era o comunicador de Carlesse no Legislativo quando o Governador trouxe de volta João Neto.

Significa, a priori, que a mudança de João Neto faz parte de um projeto político de governo que poder-se-ia avaliar pensado e calculado com antecedência já na discussão da lei orçamentária. Vieira de Melo apenas, tudo indica (e não poderia ser diferente) irá cumprir as decisões tomadas na assessoria política da governadoria.

Mauro Carlesse, deduz-se, abriu a campanha eleitoral de 2020 e 2022. E os objetivos são a eleição de Wanderlei Barbosa (e o maior número de prefeitos) em 2020 e a do próprio (ou Wanderlei) em 2022, ao Senado ou governo.

 

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