A crise do governo nesse início de semana provocou, para não variar, reações da oposição no Legislativo. Os deputados, na verdade, tem a obrigação constitucional de fiscalizar o Executivo todos os dias.

O deputado Junior Geo aproveitou a deixa e saiu coletando assinaturas para a criação de uma CPI do Plan-Saúde.

O problema está no fato colocado: o deputado quer verificar a regularidade do "processo de contratação" da empresa para administrar o plano. E dentre as justificativas, os desvios da operação Marcapasso.

Ora, o governo contratou essa empresa em agosto de 2018. Há um ano, portanto. E a contratação ocorreu depois da Operação Marcapasso, deflagrada em 2017!!!!

Pode-se argumentar que Junior Geo não estivesse no Legislativo em 2018 ou 2017. Mas o que dá sustentação a uma CPI é o fato definido.

Não haveria, certamente, racionalidade (até jurídica) para deputados questionarem termos de uma contratação doze meses após sua assinatura (justificando-a com fatos mais pretéritos ainda) e que não o fizeram no prazo em que já se adquiriu direitos e evidências de boa fé contratual. Ainda que se possa contraditar resultados.

Mera janela de oportunidade política. E que se note: o deputado poderia questionar a própria contabilidade do Plan-saúde e da empresa. Mas não o faz: vê irregularidade na contratação há um ano.

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