O IBGE ainda não disponibilizou a PNAD (1º trimestre/2019) por unidades da federação. Mas considerando os indicadores nacionais divulgados ontem, o instituto registrou pouca alteração em relação aos dados do último trimestre de 2018. Uma variação positiva de 1,1 (pontos percentuais) na taxa de desocupação. Ou seja: aumentou o número de desocupados.

Teríamos no Estado, aplicando os indicadores, uma taxa de desocupação de 11,4 contra os 10,4 de dezembro último com pouca variação. Significa que no Tocantins o número de desocupados teria aumentado (em termos relativos e proporcionais aos indicadores nacionais) 10% de janeiro a abril de 2019.

São números reveladores da economia regional. Lá em dezembro (e pelos números divulgados ontem pode-se deduzir terem se mantido em março com pouca margem de erro) o Estado tinha uma população economicamente ativa de 1,231 milhão pessoas (com 14 anos ou mais/em idade de trabalhar). Destas, entretanto, apenas 730 mil estavam na força de trabalho. Outras 501  mil pessoas se encontravam fora da força de trabalho.

Empregados estavam 432 mil!!! Sendo 237 mil no setor privado (149 mil sem carteira de trabalho) e outros 143 mil no setor público. Haviam ainda 52 mil trabalhadores domésticos.

Ou seja, a estimativa de 10% de desemprego no Estado é um dado de ficção, surreal, porque baseado apenas nas pessoas que estavam empregadas e perderam o emprego.

Deixa de lado os que não entraram no mercado de trabalho e que, como lógico, precisam trabalhar para sobreviver e ali não estão, intuo, não é por falta de vontade de botar a mão na massa. Serve, evidentemente, a taxa irreal para alimentar discursos políticos.

Aplicando-lhes os índices divulgados ontem pelo IBGE, cinco mil pessoas teriam ficado desempregadas de janeiro abril deste ano no Estado. No país, a taxa foi de 1,2% negativas. Evidente que são números estatísticos mas que possuem pouca margem de erro.

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