Em vistoria realizada na manhã desta quinta-feira, 07, no Hospital Geral de Palmas (HGP), maior hospital público do estado, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) encontrou corredores sujos, lixeiras com acúmulo de resíduos, além de banheiros sem limpeza adequada nos apartamentos e enfermaria.

O promotor de Justiça Thiago Ribeiro, que conduziu a vistoria, também colheu depoimentos acerca da falta de profissionais em diversas áreas. Especificamente no setor de higienização e limpeza geral, a informação repassada foi de que há um deficit de 104 trabalhadores para atender à demanda atual. "Estivemos aqui há um mês e a situação piorou bastante. Verificamos dezenas de pacientes acomodados em macas espalhadas pelo corredor central e lixo espalhado pelo chão em diversas áreas do HGP", comentou o promotor de Justiça.

Outro ponto destacado durante a fiscalização foi a falta de segurança no hospital. Servidores da Unidade relataram que são constrangidos por pessoas que transitam livremente pelos corredores, principalmente no período noturno. Uma funcionária teve sua motocicleta furtada dentro do estacionamento do HGP. "Há uma sensação de insegurança quando temos que subir as escadas no turno da madrugada".

Na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) foi constatada a falta de medicamentos como Amplicitil, Diamox, fraldas, antibióticos, além da necessidade de mais um médico para suprir a demanda de atendimentos. Há, também, necessidade de aquisição de stents e balões específicos para realização de procedimentos cirúrgicos no setor de cardiologia. Cadeira de rodas e macas em estado precário também foram encontradas no corredor do hospital.

O promotor de Justiça também ouviu de uma servidora relatos quanto à sobrecarga de trabalho. Segundo informado, a profissional é responsável por cuidar diariamente de 13 pacientes e que outras colegas também estão com a mesma dificuldade.

Por fim, o representante do Ministério Público do Tocantins encontrou falhas no cumprimento da escala médica no horário da vistoria. Diante das informações coletadas, o promotor de Justiça instaurará procedimento para averiguar as irregularidades e cobrar providências.

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