A população do Estado é incentivada, no que omitem e interessam dar-lhe conhecer deputados e governo, a sair por aí repetindo Arnaldo Antunes: "Põe fé, que já é!. A construção mais que poética do pop (que deixou o curso de linguística para seguir com os Titãs) é o retrato de hoje no que concerne a intenções e práticas do grupo político incumbido pelos eleitores para administrar a coisa pública nos próximos quatro anos.
Os aliados do Palácio Araguaia, tendo como certa a aprovação da Lei Orçamentária nesta quinta, 120 dias após ter sido protocolada no Legislativo e decorridos algo próximo de 90 dias do início do governo, propalam que o Estado se transformará num canteiro de obras.
Já se informa que o governo vai investir R$ 814 milhões em obras de infraestrutura. No orçamento, estariam destinados R$ 107 milhões para a Secretaria de Infraestrutura e outros R$ 707 milhões para a Agência de Obras.
Para começo de conversa, esse valor, se é 14% superior aos R$ 702 milhões orçados para os mesmos órgãos no ano passado (R$ 82 milhões/Infra e R$ 620 milhões/Agetop), não encontra correspondência fática nem fundamento argumentativo na execução orçamentária comparada ao prometido no orçamento do ano passado com a aprovação do Legislativo sob o comando do atual governador.
Leis orçamentárias, com efeito, sempre foram peça de ficção para os governos no que diz respeito a receitas. Os administradores públicos empenham gastos apostando no orçamento cheio. Podem gastar à vontade. Mas aí tem a economia no meio.
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