O governo Jair Bolsonaro deixou a cargo dos governadores a decisão sobre medidas de ajuste nos regimes próprios de previdência estaduais. Não há outra avaliação: o Palácio do Planalto quer aprovar qualquer coisa para chamar de reforma da previdência.
Os fundos estaduais são, a curto prazo, os principais problemas dos governos. Já tem Estado gastando com aposentados e pensionistas que com efetivos. Como aposentados e pensionistas não tem a contribuição patronal, a diferença entre o valor do INSS e os gordos salários da ativa quem paga é o contribuinte. Nos impostos.
No Tocantins governo, deputados e servidores fazem cara de paisagem. Apesar de ter sido criado há menos de quinze anos, para cada 100 servidores na ativa há 42 aposentados e pensionistas. Relação cuja tendência é diminuir na proporção da execução dos planos de aposentadoria incentivada e da não contratação de substitutos pela falta de financeiro.
O Igeprev fechou 2018 consumindo R$ 1,033 bilhões com aposentados e pensionistas. Um valor de cerca de 16% superior aos R$ 890 milhões gastos em 2017. Por outro lado, o governo do Tocantins foi um dos poucos que registraram crescimento negativo de receita corrente líquida no país: 0,1% negativos. Apesar do crescimento positivo da arrecadação tributária, a RCL reduziu de R$ 7,198 bilhões (2017) para R$ 7,190 bilhões (2018).
E os poderes propagando que as aposentadorias incentivadas irão resultar em economia para o Estado.