Com a finalidade, intui-se, de dar esperanças à população que os números da execução orçamentária atual não o permite, o governo divagou no anúncio da reforma.

Informou que vai economizar R$ 500 milhões por ano com as medidas e que isto irá possibilitar o enquadramento nas normas da Secretaria do Tesouro Nacional e, assim, tomar empréstimos.

Como o próprio governo informou, ele fechou 2018 (depois daquela ajudinha do TCE) R$ 4,1 bilhões com salários: 57,7% da RCL (no Portal a despesa bruta foi de R$ 5,5 bilhões). Um pouco mais, um pouco menos.

Uma redução meramente contábil, artificial, que não elimina as contribuições socais e o dinheiro que saiu da conta do governo e entrou na conta do funcionalismo. Não publicou o balanço. O máximo é 49%. Poderia, portanto, gastar só R$ 3,79 bilhões. Isso aí só nos salários. Tem o custeio.

Mas não é só isso: a Secretaria de Comunicação postou no Portal do Governo que a administração será enquadrada e, com isto, o governo tomará o empréstimo da Caixa (R$ 453 milhões), Banco do Brasil (R$ 146 milhões) e mais R$ 130 milhões para a ponte de Porto Nacional.

Não parou por aí: a Comunicação informou que o governo aguarda "para ser liberado" (sic) em 2019, "a contratação de operação de crédito com o BID no valor de $  224 milhões(sic)" para melhorias no agronegócio.

Total dos empréstimos de 2019: R$ 953 milhões. Ainda que na Lei Orçamentária de 2019, em tramitação no Legislativo, o governo só provisione orçamento de R$ 739 milhões para receitas de capital de empréstimos. Um buraco orçamentário de R$ 214 milhões entre o que o governo diz que pode fazer e o que ele efetivamente tem condições de realizar.

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Ponto Cartesiano

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