O governo informa ter quitado neste final de semana os salários dos servidores públicos. Continua pagando apenas a parte líquida como fazia o governo anterior e dentro do mesmo prazo.
Como, entretanto, libera um terço da folha (que abrange maior número de servidores e menor quantidade de recursos) no início do mês, passa a impressão de que estaria pagando substancialmente diferente.
Ainda que cumpra até o dia 10 de cada mês (como o governo anterior) a quitação do líquido, os servidores, lógico, continuam sendo negativados nos bancos (consignados não repassados) e sem as contribuições (patronais e dos funcionários) do Igeprev. Mais do mesmo. São os anéis. Poderia ser pior. Há Estados parcelando salários mas é, lá como cá, uma inequívoca demonstração de irresponsabilidade administrativa, política e fiscal.
O Palácio tem feito o pagamento dos salários fazendo uso, certamente de duas cotas do FPE: a terceira e a primeira do mês. A liberação deste final de semana é debitada na arrecadação de impostos e no repasse do FPE do primeiro decênio de novembro. Não há mágica nisso.O FPE tem representado cerca de 54% das receitas correntes do Estado. Um espirro da economia nacional estremece o Palácio Araguaia.
O governo federal repassou no dia 9 de novembro ao Palácio Araguaia (sexta-feira) o montante de R$ 153.564.712. O governo do Estado informou na sexta que a última parcela dos salários de outubro equivaleria a R$ 134 milhões. Pagou e ainda sobrou R$ 20 milhões só do FPE.
Mesmo com a crise financeira, o governo do Tocantins tem sido bem aquinhoado pela União. No FPE (nesta primeira cota de novembro) apenas oito Estados receberam recursos superiores aos repassados ao Palácio Araguaia: Bahia (R$ 334.193.539), Ceará (R$ 260.600.130), Maranhão (R$ 257.193.506), Minas Gerais (R$ 161.309.634), Pará (R$ 219.912.225), Paraíba (R$ 170.710.737), Pernambuco (R$ 245.442.235) e Piauí (R$ 154.899.817).
Nos demais Estados da região Norte, o Acre recebeu (R$ 124.200.686), Amapá (R$ 122.742.215), Amazonas (R$ 105.232.532), Rondônia (R$ 102.665.393) e Roraima (R$ 88.850.642).