Sem qualquer comunicado ao prefeito da cidade, o governo interditou a ponte sobre o rio Tocantins e decretou a sua interdição. A situação requereria medidas mas ponderadas com os envolvidos e não impulsionada por orientação política, como resta evidente. Uma ação transparente que evitasse mais prejuizos à população e aos cofres públicos.

Como é notório, a situação pode abrir janela ao governo para decretar uma situação de urgência e emergência, ainda que nove anos da identificação das rachaduras na ponte. E dez meses após Mauro Carlesse no cargo.

É a lógica a orientar as medidas do Palácio Araguaia que apontam nesta direção. A decretação de emergência pode abrir portas no governo federal para aquele empréstimo de R$ 739 milhões (R$ 120 milhões para a ponte e parte para os 139 municípios), sem o ajuste fiscal.

A informação do retorno da balsa na travessia funcionaria, assim, como mais um instrumento de pressão, dado o movimento que impõe â população que pode entender um retorno ao passado.

Como apurou este blog, o governo irá gastar na reforma algo por volta de R$ 40 milhões. Relatório da Infraestrutura a que este blog teve acesso na noite de ontem informa que uma reforma nos moldes previstos alcançaria não mais que entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões.

A emergência alteraria os preços, aumentando o ônus do poder público sem licitação. Dinheiro que deverá ser coberto com o empréstimo, forçando a necessidade de mais recursos a curto prazo para a construção da ponte nova.

A ponte interditada, conforme os técnicos, sofre de fadigamento do concreto e comprometimento da estrutura e fundação. "Mas o governo poderia interditar apenas para caminhões", disso o engenheiro. Bingo!

 

 

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