A Justiça e o governo Mauro Carlesse concederam um pouco de organização nos gastos da Saúde. É pouco, mas é muito. A JF manteve na prática portaria do secretário Renato Jaime (no então governo ainda interino de Mauro Carlesse) de dar uma organizada na bagunça que reinava no cumprimento da carga horária pelos médicos.

Havia exceções, evidentemente, mas, grosso modo, se beneficiavam de horas extras fazendo plantões nas suas próprias casas na beira da piscina e churrasqueira. Um paciente grave dava entrada e alguém tinha que acionar o profissional para deixar o copo de lado. Muitos sequer atendiam o telefone.

Havia, inclusive, relatórios do Denasus identificando a farra financeira com os recursos da saúde. Especialmente no governo de Marcelo Miranda. Em um deles, de 2017, foi apurado que um total de R$ 3,5 milhões havia sido pago a médicos por plantões e horas extras não realizadas.

A decisão da Justiça coloca as coisas nos eixos: se os médicos quiserem receber por 40 horas, terão que cumpri-las. E se passar das oito horas diárias, horas extras.

Se preferirem as 20 horas para poder cuidar de seus consultórios ou atuação em clínicas particulares, tem a opção de escolher as 20 horas, como lhes permite a legislação. Agora, contratar 40 horas e cumprir apenas 20 horas e ainda ganhar extras, como ocorria com muitos sem cobrança do governo que os remunerava, parece não terá vez no governo de Mauro Carlesse.

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Ponto Cartesiano

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