Alguns leitores entram aqui no blog para dizer que estou sendo tendencioso, pró-governo.  Não me importo, nestes cinco anos de blog acostumei-me a ter o couro grosso e não me deixar abater por pensamentos contrários. Escrevo o que penso, independente de quem quer que seja.  Continuo no mesmo ponto cartesiano observando o pêndulo que pontua os leitores apaixonados por suas correntes políticas. Os governos mudam e estou cá a pensar (e escrever) o mesmo.  Os leitores que me acompanham mais amiúde nos meus artigos desde o Jornal do Tocantins, lá nos anos 90 passando por O Jornal até aqui, se têm suas opiniões divergentes, sabem do que falo.

Daí como não emitir opinião sobre uma análise fora do eixo do deputado Amélio Cayres (SD) - hoje no Jornal do Tocantins - de que o governo foi tímido ao prever o crescimento das receitas estaduais em apenas 6,1%!!! Vejam bem!!! O país está em recessão, o Tocantins está em recessão, o governo do Estado está falido,  a economia do Tocantins tem 55,9% de suas riquezas na prestação de serviços (sendo 47,6% destes originários dos serviços públicos). No ano passado, o governo fez uma previsão orçamentária de R$ 9,1 bilhões e arrecadou apenas R$ 8 bilhões. Com uma frustração dessas e este contexto  o deputado quer que seja elevada a projeção de arrecadação? Quer que se abra, por consequência,  a torneira para mais gastos!!!!!! O parlamentar quer acrescentar mais enredo à ficção orçamentária!!

Cayres é do Solidariedade, mesmo partido do ex-governador Sandoval Cardoso e aliado do líder da oposição, Eduardo Siqueira, herdeiros presuntivos de tudo que se observa. Imagina o grau de responsabilidade do parlamentar, que nada é senão o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembléia Legislativa. Não precisava nem ir longe para ver ainda presente o germe da irresponsabilidade. O governo federal, para se ter uma idéia, fez uma previsão na Lei Orçamentária Anual (OGU) de meros 3%, o que já é considerado uma temeridade dado que o Ministério da Fazenda prevê um crescimento de mero 1% da economia. E o deputado do Solidariedade não está satisfeito com o índice de correção do Orçamento do Estado, praticamente mais que  o dobro do crescimento previsto pelo governo federal em seu orçamento e seis vezes a previsão do mercado para a economia. Não à toa, as finanças do Tocantins estão em regime falimentar. Se fosse uma empresa, já estaria fechada.

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