Os empresários fazendo de conta que levam a sério e o governo acreditando nas suas demonstrações de confiança. E os repassando à população com verdade absoluta.
Ora, um governo que fechou o ano devendo mais de meio bilhão de reais a prestadores de serviço, empresários e fornecedores, ao invés de mandar o Secretário da Fazenda ou de Administração explicar a credores a situação do Estado, entrega a missão a um Secretário de Comunicação, não está querendo seriedade.
Os empresários informam que o Secretário de Comunicação teria sido "o" convidado. Um diversionismo reducionista. E aí a questão seria um problema só deles pedir explicação de um governo pelo Secretário que não é responsável pelos pagamentos. Nem pelo governo. Um porta-voz. Foi lá e cumpriu sua missão, como vai no portal T1 Notícias.
Ainda que platitudes dado que os cortes anunciados já estão sendo revistos e, mesmo que o governo demitisse todos os comissionados, não se enquadraria dado que 82% das despesas com pessoal são dos efetivos e fechou o ano gastando próximo de 70% das receitas com servidores.
Não que o Secretário de Comunicação não fosse detentor de qualidades de expressão e o governo nele não depositasse confiança. Como é fato, o Secretário de Comunicação não administra pagamentos além dos relativos à sua área e que, também, são submetidos ao crivo da Fazenda.
Falar sobre dívidas a credores é questão de comunicação mas em outro sentido. Empresário, em tese, não quer escutar propostas terceirizadas do devedor. Apesar de toda boa fé do Secretário de Comunicação.
Na verdade, a ação da Associação Comercial aparenta ser meramente política com vistas outros interesses que não comerciais. Daqui a pouco se dirá que é parceira do governo como fazem acreditar.
Ainda que as empresas não paguem impostos como propalam. Apenas recolhem aos cofres públicos o imposto que reteve do consumidor nas compras. Este sim o verdadeiro pagador.