Há um grupo nas redes sociais fazendo parecer que a informação deste blog sobre o depoimento de um operador em Belèm (PA) à Polícia Federal, apontando fraudes nas aplicações do Previpalmas seriam fake-news. É uma turma que, apesar de frequente nas redes sociais e internet, só lê os títulos das matérias. Incapaz, portanto, de construir um raciocínio lógico. Ainda que o blog não tenha feito juizo de valor sobre as acusações que, como declarações, necessitam ser confrontadas com provas, com direito a defesa dos supostos acusados.

No G1.com.br desta quinta, entretanto, informa-se a deflagração de uma Operação Abismo em Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Pernambuco e Distrito Federal. São 22 mandados de prisão. Motivo: supostos desvios de R$ 90 milhões em fundos de previdência municipais.

As investigações começaram no Fundo de Previdência da Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho (PE), gerenciado pela empresa Terra Nova Gestão. Essa empresa era de propriedade do operador que prestou depoimento em Belém (PA) – delação premiada – e teria prestado serviços ao Previpalmas, através da empresa Exito Assessoria Ltda, da qual também era sócio.E que fazia intermediação e lobby também nos fundos de previdência dos servidores municipais de Colinas e Araguaína.

O depoimento do operador ocorreu no dia 16 de outubro de 2018 ao delegado da Polícia Federal Mauro Fernando Knewitz, na Superintendência da Polícia Federal em Belém (PA). Ainda conforme o depoente, a empresa tinha sede em Palmas (edifício Oficce Center) mas que decidiram criar outras empresas no Sudeste do país porque temiam preconceito porque sediadas no Tocantins. E aí abriram as empresas MontCapital, Asset Management (sede em São Paulo), Terra Nova Gestão (Rio de Janeiro) e Life Plus (também em São Paulo).

O racha se deu porque o depoente teria entregue a um dos sócios o valor de R$ 400 mil para a constituição destas empresas com a combinação de que seria devolvido ao declarante por um valor simbólico de R$ 1,00 (haveria um contrato de gaveta) com a Exito funcionando como "barriga de aluguel", conforme o depoimento, para a captação das aplicações. O problema é que depois que as empresas tiveram autorização da Ambina para funcionamento, o sócio não quis mais devolvê-las.

É nesta confusão que se encontra os R$ 50 milhões aplicados pelo Previpalmas na Tercon e no Cais Mauá.

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