Hoje comento um clássico do Cinema Novo e um dos mais representativos da filmografia de Glauber, Deus e o Diabo na Terra do Sol. Ambientado  no sertão nordestino, as letras da trilha sonora são de Glauber, musicada e interpretada por Sérgio Ricardo para o filme. A inspiração vem da literatura de cordel. O espetáculo cênico dentro do filme bastaria, mas é acrescido de elementos da realidade brasileira. Comento três sequências. No primeiro, destaco o enquadramento do cenário árido e natural do sertão nordestino castigado pela seca, que Glauber evidencia a geografia e o clima. A paisagem árida aparece em primeiro plano e as personagens em plano secundário

Neste outro enquadramento, o fanatismo religioso aparece de forma sutil. Cena do diálogo de Antonio das Mortes  com o cego Júlio. O plano aberto enquadrando as personagens de costas  sugere o palco da guerra de Canudos e o fanatismo messiânico indica a metáfora da personagem cego Júlio apresentada no diálogo. As colunas separando os dois  pode indicar também uma metáfora dos diferentes pontos de vista sobre a mise-en-scène.

Deixe seu comentário:

Versátil - Mariah Soares

Turismo

14/03/2022

A Federação Brasileira de Comunicadores e Jornalistas de Turismo (Febtur) lança neste fim de semana, o projeto Brasil Turismo Gastronômico, em Palmas, co...

Inscrições

14/03/2022

Estão abertas as inscrições para o programa "Future Rising Fellow", oferecido pela ONG Girl Rising, para jovens de 17 a 24 anos. Para se can...

Documentário

14/03/2022

O documentário “Ninho de Suceiras” faz um convite para conhecer, pela ótica feminina, mais sobre Suça ou Sússia, uma das man...