Mantidas as atuais condições políticas, o prefeito Carlos Amastha não encontrará dificuldades para reeleger-se daqui a dois anos. Combinada a performance administrativa à ineficiência e fragilidade, tanto numérica quanto retórica, de sua oposição, o colombiano tem pavimentada, com margem de confiança considerável, a renovação de seu mandato. O prefeito deixou para trás, tirando de letra o inusitado de poder deixar a cidade e o país quando bem entender na administração de suas atividades empresariais – que não resistiria a uma tática socrática de questionamento dos adversários, por mínima que fosse – consubstanciado no desempenho prático de sua administração, seja nas intervenções pessoais do Chefe do Executivo, seja na de seus auxiliares que convergem, sob sua responsabilidade direta, para o próprio Amastha.

É visível a mudança que o prefeito operou na cidade. E com ela, se projetam, de forma inevitável, comparações com administrações e projetos políticos concorrentes, fulminando qualquer tentativa de retorno do status quo antecedente, que pudesse configurar retrocesso. No que diminui, certamente, possibilidade de êxito do ex-prefeito Raul Filho na sua disposição de retornar ao cargo. Ou uma nova pretensão do ex-deputado Marcelo Lélis, pelas circunstâncias, provável candidato da base governista. Os ventos podem mudar, por razões lógicas e ilógicas.

A cidade, entretanto, está melhor com Amastha, não restam dúvidas, como até seus adversários admitem. Existem problemas pontuais como elevação de tributos, questionamentos em licitações e fragilidade na saúde pública que o prefeito (como os prefeitos anteriores) consegue driblar mais pela exploração da ineficiência do governo em demonstrar as responsabilidades recíprocas que pela atuação da administração municipal no setor.

Há muito a percorrer. O próprio Amastha deve ter consciência disso como demonstra o seu mandato conquistado a partir de uma candidatura de última hora, onde o prefeito enfrentou líderes tradicionais desde a primeira exposição de sua pretensão à disputa propriamente dita. Se lá, entretanto, o prefeito não foi confrontado com suas contradições individuais e teve a concessão dos eleitores quando era apenas um conjunto de promessas, algumas fundadas em paradoxos inconciliáveis, a manter-se o atual desempenho, pela razão suficiente os moradores da cidade poderão renovar-lhe o compromisso. A não ser que Amastha seja engolido pelo próprio Amastha. Aí o desafio do prefeito proteger-se de si próprio.

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