A campanha de Sandoval Cardoso começa a se confrontar com problemas. Depois das disenções de ex-secretários e de deputados pode, nos próximos dias,  ficar diante de questões ideológicas e pragmáticas a um só tempo, de difícil comunicação com seus eleitores.

Explico: desde o início do programa eleitoral, os marqueteiros de Sandoval têm explorado uma parceria do governo com a presidente Dilma Roussef, estabelecendo um link até mesmo uma espécie de aliança.  Algumas inserções terminam, até mesmo, resvalando para a pura mentira afinal, até dias atrás, o governo era do  PSDB,  que tem candidato à presidência,  governado por Siqueira Campos, aliado de primeira hora dos militares que trancafiaram a presidente  nos porões da ditadura. Confiança? Aliança?Onde?

Pois é! Com a ascensão de Marina Silva (ou seria assunção para seus áulicos!) certamente os governistas pularão no barco da acreana, que não vence em seu Estado nas eleições que disputou (e nas pesquisas), apesar de seu grupo político governar o Acre há 16 anos, onde até a semana passada seu marido era Secretário da administração estadual do governador Tião Viana.

Situado a 30 pontos percentuais do primeiro colocado, Marcelo Miranda, Sandoval pode direcionar seus esforços para a Rede marineira, hoje hospedeira do PSB enquanto a Rede não é oficializada como partido pelo TSE  por falta de número de apoiamentos necessários. Com o crescimento de Marina, acrescido do fato de Sandoval patinar para sair do lugar nas pesquisas a 35 dias das eleições, somente com um fato político novo poder-se-ia dizer que alteraria o resultado. 

Ainda que fosse um salto no escuro:1) Dilma pode voltar a crescer, já que nas pesquisas cresce a aprovação a seu governo; 2) Marina seja contaminada (como em condições normais aconteceria) pelo crime eleitoral de sua coligação (suspeitas de caixa dois no aluguel do avião de campanha) e 3) Sandoval não teria tempo para voltar atrás.

Mas é provável que não tenha solução, observados os métodos políticos do grupo governista. Afinal, em situação de respeito institucional, dúvidas não haveriam. Justamente porque tanto o SDD, de Sandoval, como o PSB, de Marina, estão no Estado  numa coligação de Aécio Neves, do PSDB. Como explicar isto ao eleitor? Uma aliança com Dilma, adversária de Aécio e, agora, direcionar esforços para Marina, também adversário de Dilma e Aécio? Creiam, isto certamente já está na cabeça dos marqueiteiros. É só observar, a partir de agora, os programas eleitorais.

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