O ex-diretor de investimentos do PreviPalmas, Fábio Martins, obrigado, agora, a desarmar uma arapuca que, sabe-se lá por que motivos, armou para si e seus confrades.
A declaração do gerente da Caixa, Paulo Cesar Martins, de que fez a operação de R$ 8 milhões do PreviPalmas em outros fundos a seu pedido, por telefone, nega peremptoriamente o depoimento de Fábio Martins no dia anterior na mesma CPI: de que não tinha autoridade para permitir ou não investimentos.
Martins negava a liberalidade (e não competência que tinha extra-oficialmente) para refutar que tivesse autorizado as aplicações de R$ 50 milhões da Icla/Tercon, no Cais Mauá, subordinadas a pareceres também por ele elaborados.
Como a premissa principal do ex-diretor de Investimentos é fundada na falta de autoridade legal que informou à CPI possuir para autorizar as aplicações no PreviPalmas tem-se o seguinte silogismo:
Premissa 1- Fábio Martins diz que não tinha autoridade para permitir investimentos
Premissa 2 - Fábio Martins permitiu um investimento de R$ 8 milhões na Caixa.
Conclusão - Fábio Martins permitiu investimentos sem autoridade
Essa aí seria uma eventual acusação secundária e que, em se tratando de valores (R$ 58 milhões só nestas três) já seria uma inconsistência grave tanto no mercado como do ponto de vista ético do analista financeiro.
A principal é o que supostamente a verdade alternativa tencionaria encobrir e de tal modo primário concebida (posto de fácil identificação) que, ao invés de negar, não só reafirmaria, mas comprovaria a natureza das movimentações com recursos dos aposentados da prefeitura.