Siqueira Campos tomou posse no Senado ontem e defendeu no discurso que é necessário a criação de pelo menos mais 13 Estados. Ou seja: teríamos 40 unidades federativas. Dez a menos que os 50 dos EUA (PIB de 20 trilhões de dólares/ 76 trilhões de reais) que tem uma vez e meia a população do Brasil (PIB de 6,8 trilhões de reais).

Tomando como base o custo anual do Estado do Tocantins (orçamento de R$ 10,2 bi) as novas 13 unidades federativas representariam mais R$ 132 bilhões de custos na máquina pública no país. Seriam mais 13 Executivos, Legislativos, Judiciários, TCE, MPE e Defensoria.

E mais 104 deputados federais, 39 senadores, 312 deputados estaduais, 1 mil e 800 prefeitos e mais 15 mil e 600 vereadores. Ou ainda mais 450 mil servidores efetivos, tendo como régua Estados do porte do Tocantins, com direito a planos de saúde pagos em parte pelo contribuinte e aposentadorias financiadas pelo poder público.

O projeto siqueirista é a defendido quando o governo federal conseguiu aprovar na Câmara dos Deputados a tal reforma da Previdência. Imagina economizar nos próximos dez anos o equivalente a R$ 900 bilhões com o sacrifício da aposentadoria. O projeto de Siqueira captaria 15% dessa economia só em um ano. Somando dez anos, R$ 1,4 trilhão. Ou seja: uma e meia reforma da Previdência.

Siqueira mereceria, há muito, ocupar uma vaga no Senado. Se não por sua ideologia e apoio aos regimes de exceção, à sua história na criação do Estado. Foi um trator nos dois primeiros anos de implantação do Estado, muito embora se omita o trabalho de Moisés Avelino, que o sucedeu na implantação, e que governou por quatro anos.

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