O governo federal é uma piada: para contrapor à proposta do presidente eleito Jair Bolsonaro, no caso dos médicos cubanos, propôs à comissão de transição que eles sejam substituídos pelos médicos formados com financiamento do Fies.

Bolsonaro, como é notório, afugentou os cubanos (e o Mais Médicos) com a argumentação ideológica. Tese, evidentemente, que tinha sua antítese: os cubanos deixariam parte do seu salário para pagar os estudos ao governo cubano. Problemas deles, lá. O governo que assinou o convênio com os cubanos era legítimo e soberano.

O problema é que se em Cuba o ensino é gratuito, os universitários que fazem empréstimos bancários no governo brasileiro, o fazem para pagar faculdades particulares.

Um empréstimo como outro qualquer, com juros. Uma relação meramente comercial, ainda que viabilizada por vontades políticas governamentais. Os estudantes assinam uma cártula com as prestações.

E agora, os energúmenos querem obrigar os contratantes a pagar o empréstimo com prestação de serviços onde o governo determinar que o faça.

Ainda que sua obrigação, contrato, seja devolver a grana em dinheiro, ganho onde ele achar melhor trabalhar. E aí não passaria de um arremedo ditatorial tão autoritário quanto a obrigação dos médicos cubanos em deixar parte dos seus salários para a turma de Fidel.

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Ponto Cartesiano

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